Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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Intervenções psicossociais na drogadição
Dirce Teresinha Tatsch

Última alteração: 2017-12-26

Resumo


Apresentação: relato de experiências de um projeto de extensão com atendimentos familiares de pessoas em uso abusivo de drogas.

Resumo:Este é um projeto de proteção social que atende famílias que buscam acompanhamento terapêutico por causa da drogadição de um de seus membros. Objetivos são: proporcionar trabalho terapêutico para estas famílias; construir novas formas viáveis de intervenção terapêutica junto a elas; e colaborar na perspectiva da prevenção ao uso e abuso de drogas na infância e na adolescência. Os atendimentos terapêuticos ocorrerem numa Clínica –Escola da UPF. As bases teóricas deste projeto estão centradas na abordagem sistêmica compreendendo a drogadição como um sintoma e não como uma doença, como uma mensagem à família e também à sociedade de que algo deve mudar. Consideramos que o tratamento da drogadição bem como a prevenção destes problemas, encontra-se na família e visto a sua importância na vida da criança e do adolescente, apostamos na terapia familiar como uma das possíveis soluções para estes problemas emergentes. Trabalhamos na perspectiva da Legislação e Políticas Públicas sobre Drogas de 2008, compilada pela SENAD. Assim, procuramos “garantir o direito de receber tratamento adequado a toda pessoa com problemas decorrentes do uso indevido de drogas”. Guiados pela LEI Nº 11.343 de 2006, que institui o Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras providências. Conforme artigo 20 “Constituem atividades de atenção ao usuário e dependentes de drogas e respectivos familiares para efeito desta lei, aquelas que visem a melhoria da qualidade de vida e a redução dos riscos e dos danos associados ao uso de drogas”. São doze anos de vigência deste projeto, reiteramos que o tratamento da drogadição na adolescência através da terapia familiar se mostra eficaz pela melhora dos sintomas e da qualidade dos vínculos familiares. Acreditamos que a solução se encontra na família e apostamos na terapia familiar como uma das possíveis alternativas para o problema emergente do abuso de drogas na adolescência.  A família é um recurso, um sistema que tem competências. O terapeuta ou equipe terapêutica, são ativadores deste processo. Percebemos nos atendimentos, que além da diminuição dos sintomas, abuso de drogas por parte do paciente identificado, acontece à melhora dos relacionamentos familiares em geral e da qualidade de vida das famílias. Estamos sendo desafiados cada vez mais, na contemporaneidade, a trabalhar com as realidades que nos são apresentadas evitando a manutenção de visões tradicionais do que possa ser e da amplitude de possibilidades que é hoje o trabalho dos psicólogos.


Palavras-chave


terapia familiar; drogadição; formação de psicólogos;