Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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Grupo Condutor da RAPS da Baixada Litôranea : O que os Gestores têm a falar sobre a Rede de Atenção Psicossocial?
Rosemary Calazans Cypriano, Maria Paula Cerqueira Gomes, Leiliana Maria Rodrigues dos Santos

Última alteração: 2018-06-06

Resumo


APRESENTAÇÃO:

Estudar e pensar sobre a prática dos gestores municipais de saúde mental por meio do que eles têm a dizer sobre suas dificuldades para implantação das ações da RAPS, é a  pesquisa que está em andamento e sobre a qual tenho me debruçado durante o Mestrado Profissional em Atenção Psicossocial do Instituto de Psiquiatria da UFRJ no IPUB.

Questionar o próprio Grupo Condutor da RAPS da Baixada Litorânea como dispositivo de gestão e pensar sobre a possibilidade desse Grupo ser uma ferramenta de Gestão Estratégica para o Planejamento Estratégico Regional da Rede de Atenção Psicossocial tem sido uma das direções na realização dessa pequisa.

Objetivos da pesquisa: Tendo como objetivo geral nesse estudo, identificar por meio das narrativas produzidas pelos gestores quais são as dificuldades encontradas para implantação das ações que compõem a RAPS da Baixada Litorânea, e como objetivos específicos identificar as contradições e os impasses que a Rede de Atenção Psicossocial da Baixada Litorânea enfrenta, construindo a partir da produção das narrativas, o que vivem e pensam sobre essas ações, esse coletivo que compõe esse dispositivo de gestão.

DESENVOLVIMENTO:

Método do estudo: Dessa forma, para atingir os objetivos propostos nesse estudo, vem sendo utilizada a Metodologia Qualitativa e por meio de narrativas são utilizados os Métodos de Análise de Ricoeur, assim como o da Observação Participante. A forma de coleta de dados iniciada através de Oficinas de Identificação de Problemas que estão sendo realizadas com os gestores municipais de saúde mental, traz um roteiro oculto de perguntas que trabalha os impasses encontrados por esses gestores.

RESULTADOS:

Os resultados dessa pesquisa estão contribuindo para o enfrentamento dos desafios da Reforma Psiquiátrica, vividos em especial pelos gestores de saúde mental na Baixada Litorânea; e traz como resultados parciais a possibilidade de tornar o Grupo Condutor da RAPS/BL mais potente na realização das ações pactuadas pelos gestores municipais de saúde, além de contribuir não somente para a Gestão Regional da Rede de Atenção Psicossocial como também fazer dessa pesquisa um instrumento de intervenção para a Gestão Estadual.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Essa região possui apenas um CAPSi e apesar de ser composta por nove municípios sendo eles: Araruama, Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Casemiro de Abreu, Iguaba Grande, Rio das Ostras, São Pedro da Aldeia e Saquarema, apenas um dos seis municípios que possuem Hospital Geral, possui leitos de saúde mental Credenciados e Habilitados pela Portaria 148 GM de 31 de janeiro de 2012, porém sem a instalação do Serviço de Referência Hospitalar. Além disso, não possui nenhum CAPSIII, e como não é possível regular mais nenhuma vaga para internação psiquiátrica pelo SUS na região, torna-se grande a importância da ampliação da Rede de Cuidados Territoriais que permita garantir a todos os cidadãos o direito à saúde.


Palavras-chave


RAPS; Baixada Litorânea; Gestores; Dificuldades