Objetivou-se conhecer as dificuldades e potencialidades de uma rede de Saúde Mental (SM) voltada a crianças e adolescentes, identificando como se compreende e operacionalizam os princípios da política de SM infantojuvenil. Foram realizados cinco Grupos Focais, com participação de 39 trabalhadores de diferentes serviços. Utilizou-se da análise lexical com o auxílio do software Iramuteq, originando quatro classes: “O que é ser criança e adolescente?”; “Do que sofrem as crianças e adolescentes?”; “Sobre a relação entre os serviços” e “Potencialidades e desafios da Rede de Saúde Mental”.  Identificou-se a coexistência dos paradigmas dominante e emergente em saúde, do qual resultam concepções de crianças e adolescentes distintas e também práticas de cuidado. Os participantes percebem que esta rede não está dada de antemão, sendo construída cotidianamente a partir da articulação entre profissionais, ações e serviços, indicando ainda os diversos desafios que necessitam ser superados para seu fortalecimento.