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Objetivou-se compreender as demandas e ofertas da Atenção Básica no que se refere à atenção em saúde mental infantojuvenil, na perspectiva dos trabalhadores. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada com 41 trabalhadores de saúde da Atenção Básica (AB) de um município da região sudeste. Como metodologia adotada, foram utilizadas entrevistas semiestruturadas e dois grupos focais, neste último, participaram 20 trabalhadores dentre os que foram entrevistados. Seguiu-se com a análise lexical do tipo Classificação Hierárquica Descendente com o auxílio do software Iramuteq, resultando em cinco classes: “Crianças e Adolescentes: quem são?”, “Demandas e ofertas de cuidado a crianças e adolescentes”, “Contextos e Desafios do cuidado infantojuvenil”, “Profissionais e ações voltadas ao cuidado de crianças e adolescentes” e “Operacionalização da rede”. Compareceram nos relatos concepções de infância e adolescência ainda marcadas por ideias de incompletude e por uma lógica de cuidado especializado. A escola e a família são apontadas pelos participantes como principais demandantes de cuidado porém, observou-se certo desencontro entre oferta e demanda, de modo que se requisita a problematização das relações entre os atores, setores e serviços que possivelmente possam constituir uma rede de cuidado a esse público.