O mercado hoteleiro integra as atividades da cadeia do turismo e fornece serviços de hospedagem, alimentação e lazer. O setor está disseminado no país e atende a um grande conjunto de indivíduos do ambiente interno e externo. O setor de hotelaria apresenta oportunidades e fraquezas para a promoção da saúde que devem ser consideradas na construção de políticas públicas.

Nos meios de hospedagem é encontrado pelo hóspede de infraestrutura para atividades físicas, e também a depender da tarifa cobrada são ofertados alimentos.  As atividades físicas realizadas esporadicamente e sem o acompanhamento de profissionais pode ser uma ameaça para a qualidade de vida dos hóspedes, mas pode ser uma oportunidade para aqueles que já tem a prática de atividade física regular. A alimentação ofertada pode ser uma oportunidade para manter a rotina de alimentação ou uma ameaça no comer pesado episódico para aproveitamento das refeições e diminuir os custos da viagem.

A alimentação, como direito humano, não deve ser tratada somente como uma obrigação pessoal do indivíduo, mas uma responsabilidade compartilhada entre Estado, cidadãos e empresas. Os que se beneficiam financeiramente da alimentação devem ser co-responsáveis pela oferta de alimentos minimamente processados ou in natura como recomenda o Guia alimentar para a população brasileira editado pelo Ministério da Saúde. Tal oferta não é encontrada nas unidades habitacionais, nas quais os amenities geralmente são alimentos com alto teor de sódio e açúcar, além da oferta de bebidas alcoólicas e refrigerantes. A hotelaria através do diálogo pode ser instada a ofertar aos hóspedes alimentação mais próxima do recomendado no Guia e a prática de atividade física segura, o que diminuiria as ameaças à promoção da saúde nesse setor e maximização das oportunidades.