Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Última alteração: 2021-12-19
Resumo
Apresentação: O resultado da avaliação epidemiológica entre doenças infeciosas pode ser usado para direcionar recursos e desmistificar mitos sobre a letalidade e, consequentemente, diminuir o número de óbitos. A Hepatite C (HCV) trata-se de uma doença infecciosa crônica causada por uma única fita de RNA do vírus pertencente ao gênero hepacivirus, afetando principalmente o fígado, levando a altos índices de morbi-mortalidade no Brasil. Enquanto, o Coronavírus (COVID-19), que também é uma doença infecciosa, é causada pelo vírus Sars-CoV-2 que afeta o sistema respiratório em especial os pulmões. O estudo completo das epidemias é necessário para avaliar os quantitativos de duas comorbidades, no entanto, a pandemia da COVID-19 trouxe consigo uma mudança radical nos números e nos perfis atingidos pela morbi-mortalidade. Esse trabalho pretende correlacionar, de forma quantitativa, os dados da Hepatite C de 2019/2020 aos do COVID-19 na região sul do Brasil no ano de 2020 (a partir do primeiro caso notificado no país) para realizar um paralelo da letalidade dessas duas patologias. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo comparativo, de cunho expositivo e caráter silogístico-informativo, com metodologia quantitativa. Foi utilizado a base de dados secundários de informação sobre o HCV presente no site do DATASUS, referente a região sul do país de janeiro de 2019 até o fim junho de 2020. E, os boletins epidemiológicos disponibilizados pelo Ministério da Saúde referentes aos casos de pacientes infectados pela COVID-19 no ano de 2020. Nesse sentido, o presente trabalho, por sua vez, fornece informações novas em relação ao tema proposto através da análise e comparação dos dados descritos. Resultados: A descrição epidemiológica dessas duas comorbidades são diferentes, uma vez que, a HCV é considerada uma epidemia mundial, crônica e silenciosa e a COVID-19 possui classificação de pandemia com alta taxa de transmissibilidade. No Brasil, um país extremamente desigual no quesito distribuição de renda, a Hepatite C e o Coronavírus possuem maior prevalência de óbitos em pessoa com idade superior a 40 anos e com média de idade de 58,9 anos, respectivamente. O estado do Rio Grande do Sul, entre as unidades federativas que compõe a região sul do Brasil, é o mais afetado por ambas as doenças infeciosas – mesmo não sendo o mais populoso - e, por tanto, é o mais preeminente, da região, relativo aos casos de pacientes infectados que chegam a óbito. Considerações Finais: A metodologia comparativa se tornou um rico instrumento analítico para o sistema educativo e durante as pesquisas cientificas quantitativas, de caráter silogístico que visem compreender a realidade regional, em face de duas, ou mais, doenças infecciosas. Ao analisar os dados oficiais relativos à prevalência e letalidade de ambas as infecções virais, obtemos respostas imponentes acerca das hipóteses iniciais; sendo que, nos proporcionou a ampliação da compreensão em relação aos altos índices de Hepatite C na região sul em seu condicionante temporal citado, com números de letalidade expressivos acima dos elementos de letalidade e prevalência da infecção causada pelo Coronavírus.