Apresentação: A educação em saúde é de suma importância para a promoção da saúde e prevenção de riscos, sendo utilizada como veículo transformador de práticas e comportamentos individuais, e no desenvolvimento da autonomia e da qualidade de vida do usuário.

Objetivo: Desenvolver ações de promoção em saúde mental e prevenção do uso abusivo de substâncias psicoativas no território.

Metodologia: Trata-se de um relato de experiência sobre ações de promoção em saúde mental e prevenção do uso abusivo de substâncias psicoativas em espaços públicos e/ privados do território de abrangência do Caps AD Marcus Vinícius de Oliveira Silva (CAPS AD Centro) em Fortaleza. As atividades foram facilitadas pela equipe multiprofissional do CAPS AD Centro utilizando metodologias ativas e educação popular em rodas de conversa com duração de 01 hora e meia, onde foram abordados temáticas sobre promoção de saúde, prevenção de riscos e psicoeducação. As atividades foram iniciadas em setembro de 2021 com o lançamento do projeto na comunidade do Oitão Preto no bairro Moura Brasil e se valeram de recursos lúdicos tais como: montagem de quebra-cabeça gigante, dinâmicas utiliando emojis, roleta colorida com perguntas a serem respondidas pelos participantes entre outros recursos. Todos eles com o objetivo de tornar as atividades mais divertidas e atraentes e promover interação entre os participantes, sempre valorizando o conhecimento prévio de cada um deles

Resultados: Foram observadas mudanças no que se refere ao processo de trabalho da equipe multiprofissional, uma vez que o projeto fomentou reflexões acerca da importância do trabalho da equipe especializada no território, além dos muros do CAPS, que é onde a vida dos usuários acontece, bem como promoveu um espaço de fala para a comunidade e permitiu uma maior aproximação entre usuários e profissionais, possibilitando a troca de saberes. O projeto também facilitou maior articulação entre os equipamentos da rede e maior aproximação entre o CAPS e a atenção básica .

Considerações finais: Compreende-se, portanto, que a saúde mental é transversal e que mais do que nunca deve estar em pauta em todos os espaços, e que a construção desse conhecimento de forma colaborativa entre usuários e profissionais resgata os princípios da reforma psiquiátrica, contribuindo para a autonomia do sujeito e para a diminuição dos estigmas que envolvem a saúde mental.