INTRODUÇÃO: a violência sexual, de acordo com Organização Mundial da Saúde, consiste em atos sexuais consumados ou tentativas de obtê-los e atentados contra a sexualidade do outro por meio de coerção, que podem ser realizados por pessoas conhecidas ou desconhecidas da vítima. Constitui um importante problema de saúde pública, visto que pode levar à gravidez indesejada, infecções por IST e trazer graves consequências psicológicas e emocionais para a vítima. OBJETIVO: avaliar o perfil das notificações de violência sexual ocorridos no estado do Espírito Santo entre os anos de 2011 e 2018. MÉTODO: trata-se de um estudo epidemiológico do tipo descritivo que parte da observação das notificações de violência sexual registradas no SINAN no estado do Espírito Santo no período de 2011 a 2018. RESULTADOS: entre o total de notificações de violência interpessoal, a violência sexual esteve presente em 13,3% dos registros. As vítimas foram predominantemente do sexo feminino (88,2%), pertencentes à faixa de idade dos 20 aos 59 anos de idade (74,1%) e à raça /cor preta ou parda (71,1%), que não possuíam deficiência ou transtorno (90,4%) e que residiam na região urbana ou periurbana (92,1%). Os agressores eram do sexo masculino (96,1%), conhecido da vítima (39,2%) e que não fez o uso de álcool (64,4%). O agravo ocorreu com o envolvimento de um agressor (86,2%), em local de residência (71,3%), sendo um episódio único em 52,7% das notificações. CONSIDERAÇÕES FINAIS: É preciso reforçar as medidas de combate à violência, visto que muitas meninas e mulheres estão expostas aos seus agressores diariamente e muitos destes casos ainda permanecem subnotificados.

Palavras chaves: Delitos sexuais. Violência contra a mulher. Prevalência.