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Apresentação: As contribuições da Educação Interprofissional incorporada nos processos formativos em saúde, são vistas no desenvolvimento de competências colaborativas, sendo essa uma potencial ferramenta para desenvolver profissionais de saúde mais aptos para enfrentar as necessidades de saúde, através das discussões com diferentes interpretações. Assim, esse trabalho tem como objetivo analisar o conhecimento dos docentes do curso de graduação em Farmácia, de uma Universidade Federal do estado do ES, sobre o tema da interprofissionalidade no contexto da formação em saúde; Identificar as estratégias interprofissionais na formação em saúde; Identificar as disciplinas do Projeto Pedagógico do curso (PPC) de Farmácia que abordem o tema da interprofissionalidade, no que se refere ao trabalho em equipe e o desenvolvimento de práticas colaborativas. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva de natureza qualitativa, cujo cenário insere-se no âmbito do Centro Universitário Norte do Espírito Santo (CEUNES), da Universidade Federal do Espírito Santo, no município de São Mateus, ES. A amostra foi constituída por 9 docentes, cujo critério de seleção foi serem efetivos no CEUNES/UFES e membro do Colegiado e do NDE. A coleta de dados foi feita no ano de 2021 mediante formulário de identificação e entrevista semiestruturada por meio de ligação telefônica, e os dados foram analisados por meio de Análise de Conteúdo Temática. O estudo obedeceu aos princípios éticos que constam na Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. Resultados: Existe uma confusão conceitual entre o termo da interprofissionalidade, na qual alguns docentes acreditam que o que hoje se chama de interprofissionalidade, foi uma substituição do temo interdisciplinaridade. Em contrapartida, em outros relatos, suas concepções culminaram em: profissionais que trabalham com profissionais de outras áreas para solucionar de forma integral os problemas. Em relação as disciplinas, os docentes não veem com nitidez o tema da interprofissionalidade sendo abordado no PPC, apenas são vistos algumas estratégias interprofissionais, principalmente nos campos de estágios, e nos projetos de ensino, pesquisa e extensão para que os discentes tenham trocas de conhecimentos com discentes de outras áreas. Contudo, apesar de saberem sua relevância, nem todos docentes abordam o tema em suas disciplinas, visto diversas barreiras individuais e institucionais. Assim, afim de buscar implementar esta temática dentro das disciplinas, movimentações foram feitas para que novas mudanças no PPC do curso, como instituir disciplinas, módulos, e eventos estão sendo realizadas. Considerações finais: Abordar a interprofissionalidade no contexto da formação em saúde requer discussão e apoio institucional para mudanças no PPC do curso, visto que ainda há dúvidas se são realizadas estratégias interprofissionais ou apenas disciplinas realizadas em conjunto. Essas dúvidas são justificadas principalmente pelo pouco contato dos docentes com o tema durante suas graduações, o que gera a falta de experiência em propor atividades que levem realmente ao desenvolvimento de práticas colaborativas entre os discentes. Dessa forma, capacitar os docentes para a interprofissionalidade e possuir o apoio das Instituições de Ensino Superior é de grande valia para a ruptura do ciclo da formação isolada, e para formar profissionais capacitados para trabalhar de forma interprofissional e colaborativa.