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Apresentação: Em março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou a pandemia de COVID-19 que se alastrava rapidamente por todo o mundo. Nesse sentido, o Brasil desde então vivencia desafios, tendo em vista os danos causados pela epidemia, nos âmbitos econômico, cultural e sanitário, bem como a evidente acentuação da desigualdade social estabelecida historicamente no país. Desse modo, dentre as principais recomendações para conter o avanço da transmissão do novo coronavírus, evidencia-se a interrupção do ensino presencial em todos os níveis educacionais. O Laboratório de Desenvolvimento Infantil (LDI) e Laboratório de Desenvolvimento Humano (LDH) é uma unidade de Educação Infantil vinculada a uma universidade pública federal. A instituição tem como objetivo o desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa e extensão com o público infantil de 3 meses a 5 anos de idade e suas respectivas famílias, e assim como as outras escolas do município, o local também teve suas aulas interrompidas devido ao cenário epidemiológico. Dessa forma, tendo em vista o possível retorno das aulas presenciais no LDI e LDH, os profissionais da educação se uniram aos pais, aos profissionais e estudantes da área da saúde da universidade visando a formulação de um protocolo de volta às atividades. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um relato de experiência de estudantes do curso de Enfermagem de uma universidade da zona da mata mineira na formulação de um protocolo de retorno as aulas presenciais. Inicialmente foi realizada uma revisão de literatura visando uma base científica e a coleta de experiências a respeito da formulação de outros protocolos de volta às aulas em outras unidades escolares. Diversas reuniões foram realizadas entre a equipe interdisciplinar envolvida na formulação do documento, com o objetivo de adaptar o material para a realidade dos alunos e familiares bem como a estrutura dos laboratórios. Resultados: Finalizado o levantamento de dados, iniciou-se a construção do protocolo baseando-se em áreas pré-definidas a serem abordadas, sendo elas: berçário, salas de aula, cozinha, área externa, banheiros e manejo dos casos suspeitos e confirmados. Além disso, foram abordadas as temáticas acerca da rotina de limpeza e higienização, fluxo de entrada e saída, distribuição de lanches aos alunos e uso de equipamentos de proteção individual. Após a realização de todas as etapas, tivemos a finalização do protocolo que contou com 62 páginas, e com diversos tópicos para facilitar o entendimento dos leitores. Ao fim, foi realizado o envio do arquivo aos pais e demais profissionais, com as orientações a serem seguidas e a data do retorno de cada turma. Considerações finais: A construção desse documento contribuiu de forma significativa no oferecimento de condições favoráveis para a consolidação de rotinas de biossegurança de modo a assegurar a saúde das crianças, pais e profissionais envolvidos com o ensino. Por fim, a experiência colaborou com a aquisição de conhecimento dos estudantes de enfermagem a respeito das novas orientações de saúde.