Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS PARA EDUCAÇÃO EM SAÚDE DE PESSOAS COM DOENÇAS CRÔNICAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Aline Santana de Godoy, Marina Bueno Fraga, Anne Maria Carneiro Zuin, Eduarda de Paula Mendes, Thais Bitencourt Faria, Caroline de Freitas Silva, Lavínia Ladeira Egydio, Érica Toledo de Mendonça

Última alteração: 2022-01-31

Resumo


Apresentação: O exercício da Enfermagem requer do enfermeiro e do estudante em formação, competências que integram os quatro pilares da educação:  Saber conhecer, Saber Fazer, Saber Conviver e Saber Ser. Dentro desses eixos é essencial, para a prática educativa, o trabalho em equipe, aplicação do conhecimento teórico-prático,  planejamento, comunicação, criatividade, além de habilidades atitudinais como olhar compreensivo, individualizado e humanista, como formas de estabelecimento de vínculo com os usuários em todos os níveis assistenciais em saúde. Nesse interim, o Centro Estadual de Atenção Especializada (CEAE) de uma cidade mineira é um serviço de atenção secundária à saúde, composto por uma equipe multidisciplinar, que oferece atendimento especializado para diabéticos e hipertensos. Considerando o papel estratégico da Enfermagem como promotora do incentivo ao autocuidado mediado pelas ações educativas, foi realizada uma atividade educativa neste serviço sobre os temas de higiene corporal e complicações da hipertensão arterial, com foco no autocuidado para controle da doença crônica. Objetivo: relatar a experiência de realização de uma oficina educativa junto a pessoas com doenças crônicas, com foco no desenvolvimento de competências por estudantes de graduação em Enfermagem. Desenvolvimento: o planejamento da referida atividade, vinculada à disciplina de Educação em Saúde, teve início com uma visita no serviço, para ambientação e diagnóstico local, além de promoção de um primeiro contato com os usuários do serviço, para definição do perfil do público alvo: faixa etária, nível de escolaridade, temas de interesse, dentre outros. De posse destas informações, a atividade de educação em saúde foi planejada, sendo dividida em três momentos: no primeiro, as estratégias adotadas foram jogos, para abordar o tema de higiene corporal, como jogo da memória, quiz e grito de guerra; em seguida, houve a exposição do conteúdo sobre complicações da hipertensão arterial por meio de um teatro com os estudantes, e o terceiro momento foi encerrado com uma roda de conversa para partilhas e esclarecimento de dúvidas. Resultados: as competências desenvolvidas e aperfeiçoadas no planejamento e execução desta oficina contribuíram para a potencialização do processo de ensino e aprendizagem relacionado a educação em saúde e doenças crônicas. Ademais, outras habilidades e atitudes desenvolvidas foram: maior atenção para interpretar as informações, utilização dos conhecimentos para identificar, questionar e discutir os problemas encontrados, maior consciência do processo de comunicação e da importância da consideração das expressões faciais, revisão de atitudes, considerar as demandas, ser criativa no planejamento e escolha das estratégias lúdicas educativas, valorizar a importância do trabalho em equipe, dar importância aos feedbacks, avaliar os resultados, saber comunicar-se de forma clara e respeitar a cultura e as crenças de cada um. Considerações finais: a organização da oficina educativa sinalizou para a importância de atividades que promovam a saúde e o autocuidado de pessoas com doenças crônicas, além de desenvolver competências essenciais, nos quatro eixos da educação, para a prática do enfermeiro. Portanto, vale ressaltar que a Enfermagem tem papel primordial na prática de promoção da saúde, implementando estratégias que ajudem a melhorar a qualidade de vida das pessoas.