Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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HIV e Idosos: fortalecimento da prevenção da Atenção Primaria em Saúde
Danielle Nalin, Isabella Teixeira, Lucas Aragão, Laura Vilanova, Rafaela Nassif

Última alteração: 2021-12-17

Resumo


Este estudo foi desenvolvido por alunos do oitavo período de medicina da Universidade Estácio de Sá - UNESA-IDOMED, campus Presidente Vargas, Rio de Janeiro, com objetivo de conhecer as causas do aumento da infecção por HIV entre idosos com foco na Atenção Primária. O envelhecimento populacional é um dos grandes desafios para a saúde pública mundial, principalmente entre os países em desenvolvimento onde as condições socioeconômicas desfavoráveis, os reduzidos subsídios e estratégias não implementadas são obstáculos à melhor qualidade de vida entre idosos. Um desses desafios é o crescimento do número de casos de infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) entre a população de 60 anos ou mais. A epidemia de AIDS eclodiu nos anos 80 em todo o mundo, disseminando-se por diferentes faixas etárias, contudo os idosos permaneceram invisíveis à epidemia ao longo do tempo. A ascensão de casos de HIV entre os idosos evidencia que, apesar dos programas e estratégias existentes ao combate àinfecção, estes não parecem alcançar o grupo de gerontes. Estudos demonstraram que o diagnóstico da doença entre idosos se faz tardiamente, perpetuando a cadeia de contaminação pelo Vírus HIV e causando prejuízos à qualidade de vida pela severidade da infecção. A ascensão de casos de HIV entre idosos indica que existem fragilidades na assistência prestada a esta população nos serviços de saúde. A partir da revisão de literatura este estudo buscou entender os fatores envolvidos no aumento de casos e diagnostico tardio do HIV/AIDS nessa população, e analisar o papel da Atenção Primária em Saúde (APS) neste contexto. Os resultados demonstraram que o sexo entre idosos permanece um tabu para muitos profissionais de saúde, interferindo na abordagem do tema em consultas, no rastreamento de IST’S e em atividades de educação em saúde. Por outro lado, os idosos não se sentem à vontade para falar sobre sua sexualidade com profissionais de saúde. Conhecer o idoso em sua pluralidade, entendendo a sociedade e a cultura onde está inserido, suas crenças acerca da sexualidade e da infecção por HIV e superar estereótipos culturalmente construídos pela sociedade do que é ser idoso favorece a interação e vinculação do idoso a APS, contribui para a abordagem integral e fortalecer a relação entre os anciãos e a atenção primaria de saúde e redução da vulnerabilidade dessa população à infecção do HIV.

Descritores: HIV, Atenção Primária, Idosos