Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
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ANÁLISE DA EFETIVIDADE DA FONOTERAPIA EM CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
Última alteração: 2022-01-16
Resumo
Introdução: A definição mais contemporânea e sucinta para o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é dada como sendo um grupo de condições neurológicas permanentes que são caracterizadas pela dificuldade em se comunicar socialmente e coexistir com comportamentos e interesses radicalmente restritivos e repetitivos, de forma altamente metódica. Dentro dessas condições de comunicação, estudos contemporâneos que abrangem diferentes áreas do conhecimento relataram que o entendimento da comunicação pragmática é essencial para a compreensão das pessoas com TEA, sendo aquela exercida quando o indivíduo possui a competência para se projetar em um cenário social, no qual a intenção presente em uma determinada fala de um interlocutor possa ser interpretada fielmente e respondida em uma sequência condizente com as expectativas situacionais de contextos espontâneos. Embora seja mais sólida e desenvolvida ao passar dos anos, tal comunicação pode ser percebida ainda antes de um ano de idade, permitindo o diagnóstico precoce do transtorno. Entendendo a necessidade de qualquer ser humano em manter altos níveis às habilidades sociais de comunicação, pesquisadores e profissionais da saúde passaram a reforçar as solicitações de acompanhamento de seus pacientes com fonoterapeutas. Objetivo: Analisar a efetividade de programas, testes e orientações terapêuticas que facilitem o desenvolvimento da pessoa com TEA. Método: O presente trabalho é uma revisão integrativa, de natureza descritiva e qualitativa, elaborado a partir das seguintes fases: problematização e formulação das hipóteses; elaboração do objetivo; seleção da amostra; análise e interpretação da amostra filtrada; apresentação dos resultados. A base de dados utilizada foi a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), a partir dos descritores do DeCS, gerando a busca: (Transtorno do Espectro Autista) AND (Fonoterapia); com os seguintes critérios de inclusão: texto completo, disponíveis em português e inglês, abrangendo todos os tipos de estudos. Resultados: Em primeiro lugar, talvez por se tratar, especificamente, de uma política de inclusão relativamente recente na história da Saúde Pública, a busca gerou um total de 40 publicações, restando somente 36 após a filtragem, das quais apenas 3 eram de produção nacional. Ademais, a literatura aponta que estudos com um grupo de crianças portadoras de autismo ainda na escola apresentavam dificuldades, inclusive na pronúncia e em outros aspectos sonoros e essencialmente fonoaudiológicos, fato que se torna mais preocupante ao analisarmos que cerca de 10 a 25% das pessoas com autismo não conseguem sequer desenvolver, socialmente, a habilidade de fala. Dado esses resultados, a análise da efetividade da fonoterapia incita que programas, testes e orientações repassadas aos grupos de pais ou cuidadores ligados afetivamente, por uma rotina, às pessoas com TEA foram muito melhores desenvolvidas do que àquelas direcionadas individualmente aos pais e ou cuidadores que não estavam inteiramente presentes ao cotidiano do filho ou criança com o transtorno, demonstrando que a interatividade afetiva entre os indivíduos é fator de extrema relevância no bom exercício da fonoterapia. Considerações Finais: A determinação do plano terapêutico, estratégia ou programa a ser seguido, independentemente de qual seja, é significativamente mais efetivo quando composto pela boa interatividade afetiva entre os terapeutas, cuidadores e pacientes com TEA.