Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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ANÁLISE DA EFETIVIDADE DA FONOTERAPIA EM CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
Rafael Mariano de Souza, Kênia Ferreira Laporte, Maria Fernanda Garcia Corrêa Faria, Marian Guerra Pagio, José Lucas Souza Ramos, Claudia de Souza Dourado, Rubens José Loureiro

Última alteração: 2022-01-16

Resumo


Introdução: A definição mais contemporânea e sucinta para o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é dada como sendo um grupo de condições neurológicas permanentes que são caracterizadas pela dificuldade em se comunicar socialmente e coexistir com comportamentos e interesses radicalmente restritivos e repetitivos, de forma altamente metódica. Dentro dessas condições de comunicação, estudos contemporâneos que abrangem diferentes áreas do conhecimento relataram que o entendimento da comunicação pragmática é essencial para a compreensão das pessoas com TEA, sendo aquela exercida quando o indivíduo possui a competência para se projetar em um cenário social, no qual a intenção presente em uma determinada fala de um interlocutor possa ser interpretada fielmente e respondida em uma sequência condizente com as expectativas situacionais de contextos espontâneos. Embora seja mais sólida e desenvolvida ao passar dos anos, tal comunicação pode ser percebida ainda antes de um ano de idade, permitindo o diagnóstico precoce do transtorno. Entendendo a necessidade de qualquer ser humano em manter altos níveis às habilidades sociais de comunicação, pesquisadores e profissionais da saúde passaram a reforçar as solicitações de acompanhamento de seus pacientes com fonoterapeutas. Objetivo: Analisar a efetividade de programas, testes e orientações terapêuticas que facilitem o desenvolvimento da pessoa com TEA. Método:  O presente trabalho é uma revisão integrativa, de natureza descritiva e qualitativa, elaborado a partir das seguintes fases: problematização e formulação das hipóteses; elaboração do objetivo; seleção da amostra; análise e interpretação da amostra filtrada; apresentação dos resultados. A base de dados utilizada foi a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), a partir dos descritores do DeCS, gerando a busca: (Transtorno do Espectro Autista) AND (Fonoterapia); com os seguintes critérios de inclusão: texto completo, disponíveis em português e inglês, abrangendo todos os tipos de estudos. Resultados: Em primeiro lugar, talvez por se tratar, especificamente, de uma política de inclusão relativamente recente na história da Saúde Pública, a busca gerou um total de 40 publicações, restando somente 36 após a filtragem, das quais apenas 3 eram de produção nacional. Ademais, a literatura aponta que estudos com um grupo de crianças portadoras de autismo ainda na escola apresentavam dificuldades, inclusive na pronúncia e em outros aspectos sonoros e essencialmente fonoaudiológicos, fato que se torna mais preocupante ao analisarmos que cerca de 10 a 25% das pessoas com autismo não conseguem sequer desenvolver, socialmente, a habilidade de fala. Dado esses resultados, a análise da efetividade da fonoterapia incita que programas, testes e orientações repassadas aos grupos de pais ou cuidadores ligados afetivamente, por uma rotina, às pessoas com TEA foram muito melhores desenvolvidas do que àquelas direcionadas individualmente aos pais e ou cuidadores que não estavam inteiramente presentes ao cotidiano do filho ou criança com o transtorno, demonstrando que a interatividade afetiva entre os indivíduos é fator de extrema relevância no bom exercício da fonoterapia. Considerações Finais: A determinação do plano terapêutico, estratégia ou programa a ser seguido, independentemente de qual seja, é significativamente mais efetivo quando composto pela boa interatividade afetiva entre os terapeutas, cuidadores e pacientes com TEA.