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O Lean Thinking tem sua gênese na manufatura e tem ganhado espaço no contexto da saúde, denominado Lean Healthcare. Sua aplicabilidade permite aumentar a percepção de valor agregado ao paciente, com menos consumo de recursos, eliminação de perdas e estimulo das pessoas em ações de melhoria continua, ou seja, as pessoas são consideradas o fator chave para o êxito do Lean na saúde. Embora diversas ferramentas e técnicas tem sido aplicadas para implementar e sustentar a aplicação do Lean no contexto da saúde, como por exemplo a adoção do VSM (Value Stream Mapping ou Mapeamento do Fluxo do Valor), os 5Ss,  Kaizen e padronização do trabalho. No entanto, observa-se que há lacunas para aplicar alternativas advindas do Lean Thinking para estimular o aperfeiçoamento do fluxo do paciente por meio da mitigação das atividades presentes no processo dentre as quais não agregam valor sob a ótica do paciente. Dentre elas, o tempo improdutivo de setups, ou seja, o tempo de preparação e mudança de atividades de saúde. Deste modo a técnica Troca Rápida de Ferramentas (TRF) advinda do Lean Thinking é um meio para contribuir na redução de tempos improdutivos do processo de serviços de saúde, os quais não agregam valor ao serviço, como por exemplo na preparação do leito do paciente, higienização de sala para a troca de paciente e preparação de materiais para procedimentos cirúrgicos. Deste modo o TRF, permite mitigar o lead time (tempo de atravessamento) do paciente por meio da redução de tempo de preparação de leitos e aumentar a taxa de disponibilidade dos recursos no contexto da saúde.  Diante do exposto, identifica-se uma oportunidade na literatura e no contexto empírico para desenvolver um método estruturado baseado no TRF para adoção no contexto da saúde, de modo a mitigar ineficiências dos processos e operações de serviços de saúde, com o intuito de aprimorar a jornada do paciente em hospitais, unidades de saúde, dentre outras organizações voltadas ao atendimento do paciente.