Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Última alteração: 2021-12-20
Resumo
O objetivo do trabalho foi verificar o estado da arte na pesquisa relacionada à área de Medicina Hospitalar, especificamente no segmento da Pediatria Hospitalar, tanto em publicações internacionais quanto no Brasil. A premissa foi de observar avanços relevantes no modelo de gestão, que contribuíram para uma melhor compreensão de questões relativas a indicadores de processo e resultados assistenciais em enfermarias de hospitais públicos, privados e filantrópicos. Para o desenvolvimento deste estudo realizou-se uma pesquisa exploratória segundo métodos bibliométricos em bases de dados relevantes como Web of Science, Scopus, PubMed e Google Scholar no período de dez anos e com índices H maiores ou iguais a 25 extraídos da plataforma Scimago Journal Rankings. Os resultados indicaram que este modelo assistencial no Brasil ainda é escasso em publicações acadêmicas e em seus aspectos operacionais quando comparados com a literatura internacional, abrindo-se uma janela de oportunidade ainda inexplorada de melhores desfechos clínicos, controle de custos e geração de valor para pacientes e famílias. Trata-se de uma abordagem teórica e prática pouco explorada no Brasil em áreas organizacionais relacionadas aos cuidados em saúde na especialidade de Pediatria, o que poderá indicar possibilidades futuras concretas de melhoria nas áreas de Gestão do Conhecimento, Gestão Hospitalar, Custos de Oportunidade e Sustentabilidade neste setor de altos níveis de complexidade, incerteza e riscos.
A Medicina Hospitalar na especialidade de Pediatria no Brasil ainda não está consolidada, havendo uma lacuna que precisa ser ocupada em caráter de urgência. A especialidade envolve aspectos essenciais de comunicação, transição de cuidados, co-manejos pediátrico e cirúrgico, pilares de educação, qualidade, segurança, gestão clínica, foco centrado no paciente e família, controle de desperdícios, custos, desfechos clínicos gerenciados gerando valor, que garantem sustentabilidade nos sistemas de saúde.