Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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VIOLÊNCIA RECORRENTE NOTIFICADA NO ESPÍRITO SANTO: FREQUÊNCIA E CARACTERIZAÇÃO
Gabriela Ravete Cavalcante, Franciele Leite, Marieli Garcia

Última alteração: 2021-12-20

Resumo


Gabriela Ravete Cavalcante; Marieli Thomazini Piske Garcia, Franciéle Marabotti Costa Leite

Apresentação: A violência recorrente ocorre quando esse ato é realizado de maneira repetida pelo agressor contra uma vítima, independentemente de sua natureza, ou seja, pode ser originada de uma sequência de violência física, psicológica, sexual e/ou matrimonial. Objetivo: Identificar a frequência dos casos de violência recorrente notificadas bem como sua caracterização, no estado do Espírito Santo no período de 2011 a 2018. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo do tipo descritivo com dados do Sistema de Informação de Agravos e Notificação. A população em estudo são todos os casos notificados de violência no Espírito Santo no período de 2011 a 2018. O banco de dados para a realização desta pesquisa foi o Sistema de Informação de Agravos de Notificação, através da Ficha de Notificação/Investigação de Violência Interpessoal e Autoprovocada. Foram calculadas frequências absolutas e relativas e os intervalos de confiança de 95% através do software Stata 14.1, assim como, a Regressão de Poisson. Resultados: A violência recorrente esteve presente em 54,2% dos casos notificados. Em relação à caracterização foi mais frequente em pessoas do sexo feminino (58,9%), com idade de 60 anos ou mais (58,1%), mas, também com alta ocorrência em infantes de 0 a 9 anos (55,3%). A presença de violência recorrente entre pessoas com deficiências/transtornos mostrou uma prevalência de 71,4%, e, 54,6% das notificações aconteceram na zona urbana/periurbana. Como características do agressor, têm-se ambos os sexos (64,6%), com idade de 25 anos ou mais (58,3%), a maior parte dos indivíduos possuem vínculo com as vítimas (62%) e havia suspeita do uso de álcool na hora do abuso (58,6%). Em uma grande parte dos casos, o número de envolvidos na prática da violência foi de um agressor (56,9%) e o local de ocorrência majoritário foi a residência das vítimas (62,4%). Considerações finais: A violência recorrente é um agravo sério e merece notoriedade, visto que, ainda há poucos estudos que analisem sua incidência na população, ademais suas características. Logo, devido a todos os riscos que pode vir a trazer as vítimas, é importante que ela seja entendida, a fim de que se evite sua perpetuação.

Palavras-chave: Violência; Notificação de abuso; Reincidência; Exposição à violência.