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Melhorar a gestão das atividades hospitalares tem sido a meta de muitos gestores do século XXI. Assim, o termo Healthcare é uma união de diversos cuidados para a saúde que tem por objetivo tratar da saúde física e mental do paciente através de cuidados preventivos, paliativos e/ou curativos, que envolve serviços médicos, farmacêuticos e de diagnóstico. Como proposição de aprimorar essa gestão, surgiu o Lean Healthcare que é um sistema de melhorias contínuas com o intuito de diminuir o tempo médio de espera, os desperdícios, os custos em estabelecimentos de saúde podendo atender um maior número de pacientes com um serviço de saúde com qualidade. Os métodos e Ferramentas da abordagem Lean Healthcare possuem a capacidade de organização e otimização os processos e serviços. São inúmeras as ferramentas e práticas Lean utilizadas a tempos na área da saúde. O mapeamento de fluxo de valor (VSM - Value-stream mapping) busca apontar para as possíveis oportunidades de melhoria, onde apresenta-se o estado atual e o estado futuro, na qual o gestor terá de lidar, uma vez que permite observar até toda a cadeia de processos envolvidos nas respectivas atividades e ou serviços. Uma forma de avaliar se as melhorias previstas poderão ser alcançadas é com o uso da simulação de eventos discretos. O objetivo da simulação é reproduzir a realidade de maneira simplificada no computador, de modo a prever eventuais erros e identificar gargalos, antes da modificação e implantação de um novo arranjo de trabalho, de modo a não atrapalhar o fluxo de trabalho existente, o layout do local e a produtividade dos funcionários. A simulação permite por exemplo, avaliar se com determinado layout será possível reduzir ou aumentar o número de pacientes e o tempo deles em filas durante atendimento. Na área de saúde, nos hospitais, Unidades de Pronto Atendimento – UPAs 24h, clínicas e laboratórios têm dificuldades para realizar as atividades administrativas e os atendimentos médicos em tempo considerado aceitável pelos pacientes, que pode provocar insatisfação dos usuários do SUS. Deste modo, o momento de aplicar a simulação é quando se identifica problemas que impedem que um determinado serviço funcione da maneira correta, especialmente quando não se pode paralisar o processo como um todo, bem como quando é possível perceber que os serviços oferecidos pelos locais de saúde não estão produzindo resultados positivos esperados pelos gestores. Por exemplo, o número de pacientes que chegam numa unidade de atendimento é desproporcional ao número de colaboradores, o que naturalmente levará a uma insatisfação dos usuários do sistema. Portanto, empregamos estudos nas UPAs 24h a simulação como ferramenta para identificar se as melhorias propostas pelas técnicas de qualidade e gestão de serviços irão atender as expectativas esperadas pelos gestores. A partir dos estudos teóricos baseando-se na análise de dados dos atendimentos dos pacientes, nos tempos de esperas e os processos em que eles serão submetidos dentro da unidade de saúde, é possível representar computacionalmente a realidade e testar cenários (pessimistas, conservador e otimista).  O que se busca com a aplicação da simulação de eventos discretos é avaliar a melhor configuração de operação que gere uma melhor gestão do tempo médio de espera do paciente para ser atendido, na triagem e nas consultas médicas. É possível supor que uma maior eficácia na redução dos pontos de gargalos e nas falhas do sistema de atendimento, geram um aumento na satisfação dos pacientes e um crescimento na produtividade dos colaboradores. Ao observarmos os fatos mencionados conclui-se que Lean Healthcare aliada ao emprego da simulação de eventos discretos podem gerar resultados satisfatórios na operação de unidades de saúde, melhorando a experiência dos usuários dos sistemas sejam eles públicos ou privados.