Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Última alteração: 2022-01-21
Resumo
Apresentação: Os Agentes Comunitários de Saúdes (ACSs), são trabalhadores que surgiram a partir da criação do Sistema Único de Saúde (SUS). Garantem, no Brasil, a sustentabilidade do modelo de assistência público e universal. Logo, deveriam receber formação e capacitação, para realizarem suas práticas como educadores, cuidadores e mediadores na Atenção Primária à Saúde. Todavia, o atual desinvestimento subvaloriza os processos formativos e vincula as práticas a ações exclusivamente técnicas. A formação por qual devem passar os ACSs, envolvem o Curso Introdutório, Capacitações, Educação Permanente (EP) e o Curso Técnico de ACS (CTACS). Na atualidade, as práticas estão cada vez mais limitadas aos espaços das ESF, como apreende-se na última publicação da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB). Objetivo: Analisar as interfaces entre formação e práticas de ACSs. Método do Estudo: Proposta de projeto de tese de abordagem qualitativa, cujo cenário são unidades de ESF e os participantes serão ACSs que atuam há mais de um ano e que aceitarem participar livremente, assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A coleta de dados será documental e por meio de questionário e de World Café. A análise será de conteúdo. Resultados e/ ou impactos: A importância do ACS como um trabalhador singular no SUS é defendida como norte para a resolutividade da ESF. Neste sentido, há necessidade de realização de formação e capacitações comprometidas com o SUS. Entretanto, a realidade é de escassas capacitações, desarticuladas, pontuais, com cunho exclusivamente técnico-instrumental e centradas no modelo biomédico-curativista. Desenha-se o caminho neste projeto de tese de Doutoramento, que abrangerá: Formação e práticas de ACSs: entre alinhavos e tessituras. Considerações Finais: Este conjunto de reflexões, que propõe o dado projeto de tese, traz à discussão as interfaces entre formação, saberes experienciais e práticas de ACSs, possibilitando apreender as fortalezas e fragilidades no cotidiano de formação e da práxis destes profissionais.