Apresentação: A hanseníase é uma das doenças negligências do mundo e o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial. A detecção precoce é a principal estratégia de enfrentamento da doença, sendo necessário profissionais atentos aos principais sinais e sintomas. O objetivo deste trabalho foi mapear as estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas na formação de profissionais de saúde para o cuidado à pessoa com hanseníase. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de uma revisão integrativa, através da questão norteadora: "Quais são as estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas na formação de profissionais de saúde para o cuidado à pessoa com hanseníase?". Como critérios de inclusão, selecionou-se: publicação em  língua inglesa, espanhola e portuguesa, sem recorte temporal e disponível em texto completo. Excluiu-se artigos de revisão, editoriais, teses e dissertações. Realizou-se a busca em dezembro de 2021, nas bases de dados LILACS e PUBMED. Como descritores, associou-se: "hanseníase", "educação em enfermagem", "educação médica", "educação" e "pessoal da saúde", e seus correspondentes em inglês. Analisou-se os artigos em duas etapas. Na primeira, realizou-se análise seletiva através da leitura dos títulos e resumos, com exclusão daqueles que não atendiam a temática abordada. Em seguida, ocorreu a leitura na íntegra dos estudos selecionados, sendo excluídos aqueles que não respondiam à questão norteadora. Resultados: Identificou-se 127 estudos. Após a aplicação dos critérios de inclusão, selecionou-se 33. Contudo, apenas 7 responderam à questão norteadora e compuseram esta revisão, sendo dois relatos de experiências e cinco artigos originais. Seis artigos selecionados foram produzidos no Brasil, sendo três da região Sudeste (São Paulo = 2; Rio de Janeiro = 1), um na região Sul (Paraná = 1), um na região Centro-Oeste (Goiás =1) e um em duas regiões (São Paulo e Manaus). Um estudo não informou o local. Como cenário das pesquisas, três aconteceram na Atenção Básica; um na Atenção Básica e no centro de referência em hanseníase; dois na Atenção Hospitalar; e um não informou o cenário. As áreas dos profissionais de saúde envolvidas abrangeram: enfermagem (n = 4), medicina (n= 2) e Agentes Comunitários de Saúde (ACS) (n= 1). Quanto às estratégias de ensino-aprendizagem, as pesquisas apresentaram: ensino prático (n = 2); ensino teórico (n = 1); ensino teórico-prático (n = 2); ensino teórico com utilização de metodologia ativa (n = 1); materiais educativos (n = 1). A aula expositiva foi a estratégia de ensino teórico mais utilizada. As estratégias teórico-práticas, agregaram aulas expositivas e treinamento prático na atenção hospitalar. As estratégias de ensino-prático aconteceram na atenção básica, através de estágio curricular supervisionado. A produção do material educativo refere-se à cartilha desenvolvida para ACS no enfrentamento da hanseníase. A metodologia ativa encontrada foi a simulação de caso, desenvolvido após curso online e videoconferências. Considerações finais: Os resultados demonstram que há uma escassez de estudos relacionados ao ensino da hanseníase na formação de profissionais de saúde e atenta para a necessidade de formação profissional a partir de metodologias ativas. Sugere-se o desenvolvimento de novos estudos que possam produzir evidências científicas relacionadas ao enfrentamento da hanseníase na formação em saúde.