Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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Análise da cobertura de consultas pré-natais: um comparativo entre as regiões Sudeste e Nordeste do Brasil, 2019
Claudio Eliezer Pomianowsky, Enzo Gheller, Jackson Miranda Kophal, Jane Kelly Oliveira Friestino, Luiz Alberto Oliveira, Pedro Pavan, Rackel Silva Resende, Thiago Silva Rodrigues

Última alteração: 2022-01-26

Resumo


Palavras-chave: Desigualdade macrorregional, Consultas pré-natais, Desigualdades em saúde. Resumo: O número de consultas pré-natal está intimamente relacionado com desfechos positivos para as gestantes e os recém-nascidos, reduzindo os índices de morbimortalidade materno-infantil. A partir da extração de dados do Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC-DATASUS), fomos capazes de comparar o número de consultas pré-natais entre gestantes que conceberam o nascimento de seus filhos no ano de 2019 nas regiões Sudeste e Nordeste do Brasil. Para isso, elaboramos uma planilha comparativa contendo a frequência absoluta (números brutos) e frequência relativa de consultas pré-natais, sendo classificados como:  1 a 3 consultas, muito pouco; 4 a 6 consultas, ainda não satisfatório e mais de 7 consultas, o ideal. Com base nos dados coletados, foi possível constatar que no Sudeste, 3,84% (42.399) da população gestante que tiveram o filho no ano de 2019 tiveram entre 1 a 3 consultas pré-natais, já no Nordeste esta proporção é de 6,01% (48.434). Entre 4 e 6 consultas pré-natais, essa disparidade persiste no sentido em que o Sudeste possui 16,48% (181.746) da população nesse intervalo, enquanto o Nordeste possui 23,98% (193.110). Em suma, para um valor inferior a 6 consultas pré-natais, o Nordeste possui o valor de 30% (241.544) das gestantes, enquanto o Sudeste possui a proporção de 20,32% (224.145). Por fim, para o número superior a 7 consultas pré-natais, que é o ideal, o Nordeste conta com uma cobertura de 67,50% (543.590), enquanto o Sudeste atinge o valor de 78,19% (862.421). Dado esses números, é possível constatar que as possíveis disparidades socioeconômicas das macrorregiões analisadas refletem, também, nos indicadores de consultas pré-natais da população gestante que realizaram o parto no ano de 2019. Nesse sentido, há uma tendência contínua de uma porcentagem maior das gestantes na região do Nordeste possuírem uma menor cobertura de consultas pré-natais, quando comparado com o Sudeste. Essa baixa cobertura reflete, muitas vezes, valores insatisfatórios de consultas pré-natais para uma gravidez segura, o que reforça as desigualdades no acesso à saúde entre as regiões.