Esta pesquisa trata-se da investigação do conhecimento do enfermeiro a cerca da população LGBTPQIA+. O interesse em realizar essa pesquisa partiu da inquietação dos autores durante a elaboração do Protocolo de Saúde da Mulher da Secretaria Municipal de Saúde, especificamente do capítulo de Transexualidade, onde foi percebido como é necessária abordagem do tema, com desenvolvimento de estratégias para inclusão e vínculo dessa população, com os serviços da APS. A autora principal trabalha como Supervisora de Treinamento e Desenvolvimento da Organização Social - OS Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde – INTS Santo Amaro e Cidade Ademar - SACA. O objetivo da pesquisa foi identificar o conhecimento prévio dos Enfermeiros da Atenção Primária a Saúde (APS) acerca de conceitos e entendimento da população LGBTPQIA+. A metodologia utilizada foi descritiva - quantitativa. Os locais de realização da pesquisa foram as 26 UBS Tradicionais e com Estratégia de Saúde da Família e os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) adulto, álcool e drogas e infantil do território de Santo Amaro, Pedreira e Cidade Ademar, da Zona Sul do Município de São Paulo. A coleta de dados foi realizada através de questionário via Google Forms (Apêndice I) com perguntas fechadas. Os dados foram analisados de forma estatística percentual e apresentados em tabelas/quadros e para as perguntas que contenham justificativas, foram agrupadas por semelhança das respostas. Os profissionais responderam ao questionário no Google Forms, após o convite enviado com prazo de 20 dias para reposta, com prorrogação de 10 dias. O link do questionário foi enviado para 100% dos Enfermeiros que atuam nas Equipes de Saúde da Família e os Enfermeiros das UBS tradicionais e integradas, sendo 148 Enfermeiros no total. Foi aplicado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido da pesquisa (TCLE). A forma de recrutamento dos sujeitos será via e-mail a todos os serviços (UBS Tradicionais e UBS com ESF). Os passos para o desenvolvimento da Pesquisa foram primeiramente aprovação da área técnica da Supervisão de Saúde de Santo Amaro/Cidade Ademar (STS SACA) e Coordenadoria Regional de Saúde Sul (CRS Sul). Após aprovações o projeto foi inserido na Plataforma Brasil e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, com o parecer de número 4.789.697. Após as devidas autorizações foi realizado uma sensibilização sobre o tema os profissionais, através de uma roda de conversa. Após avaliação dos dados coletados foi proposto estratégias de melhoria para o acompanhamento dessa população. Tivemos 72 enfermeiros que participaram do estudo. Os resultados indicaram que a maior parte dos enfermeiros não tem conhecimento sobre as siglas LGBTPQIA+ e não conhecem essa população do território. Diante disso identificamos a necessidade de busca ativa dessa população, de visita domiciliares pela equipe, para estreitamento de vínculo, e de Educação permanente com foco nesse tema. Além de mais pesquisas com cunho nessa temática. Consideramos que, a população LGBTPQIA+ é parte de um todo que devem estar incluídas nas agendas dos profissionais de saúde, acolhidas, assistidas e compreendidas.