Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
Tamanho da fonte: 
Tipos de medicamentos utilizados pelas crianças com Transtorno do Espectro Autista de um movimento social de Macaé – RJ
Luanna Faria Estebanez, Ana Carolina Costa, Mariana Folly Brandão, Luana da Silva Monteiro, Aline Vilhena Lisboa, Jane de Carlos Santana Capelli, Carina Aquino Paes

Última alteração: 2022-01-19

Resumo


Apresentação: O tratamento farmacológico em crianças autistas permite a possibilidade de amenizar sinais e sintomas específicos do transtorno. Desta forma, é primordial entender os aspectos que serão tratados, com vistas a definir a terapia mais assertiva e, com isso, escolher medicamentos com menor efeito adverso possível. Assim, é possível prever melhor adesão ao tratamento e qualidade de vida do paciente. Assim, o presente estudo visa identificar os tipos de medicamentos utilizados em crianças com Transtorno de Espectro Autista (TEA) participantes de um movimento social de Macaé. Desenvolvimento do trabalho: Estudo exploratório, quantitativo, de corte seccional, realizado no período entre março e junho de 2020 com crianças entre 2 e 9 anos participantes de um movimento social diagnosticadas com TEA. Um formulário elaborado no Google Forms, contendo variáveis sociodemográficas, características clínicas e nutricionais da criança, foi encaminhado sem custo e de livre acesso, por WhatsApp aos pais ou responsáveis pelas crianças. Antes do preenchimento, o participante teve acesso ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Virtual. Do formulário, foram selecionadas as questões sobre sexo, idade, escolaridade, renda, uso e tipos de medicamentos. Realizou-se uma análise descritiva das variáveis estudadas por meio de distribuições de frequências absolutas e relativas. Os medicamentos foram categorizados em 12 grupos terapêuticos (GT).  Este trabalho faz parte de um projeto de pesquisa vinculado ao Núcleo de Ações e Estudos em Materno Infantil (NAEMI), aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de Campos dos Goytacazes sob CAEE: 30178620.0.0000.5244. Resultados: Participaram 92 crianças de ambos os sexos, com a média±DP de idade de 5,4±1,8 anos, sendo 81,5% do sexo masculino, 75,0% sem alfabetização e 53,3% com renda média familiar entre 1 e 2 salários-mínimos. Neste estudo, 54,3% estavam em uso de medicamentos. O grupo terapêutico de maior destaque foi aquele que reuniu os antipsicóticos atípicos (37,0%). Dentre os psicofármacos mais utilizados, destacou-se a Risperidona (60,7%), seguida da Melatonina (8,9%), Periciazina (7,1%), Carbamazepina (5,4%) e Levetiracetam (5,4%). Considerações Finais: Pode-se concluir que a maioria das crianças com TEA utiliza a Risperidona, que é um antipsicótico atípico, indicado para o controle da irritabilidade e agressividade. A maior parte dos medicamentos usados pode afetar a regulação do eixo fome-saciedade, levando ao aumento do peso corporal, como consequência de seu uso. Assim, para maior assertividade do acompanhamento nutricional de crianças com TEA, é necessário conhecer os tipos de fármacos utilizados, e, como eles podem atenuar sinais e sintomas clínicos de complicações que atingem o comportamento e estado emocional, dado sua estreita interface com a criação de uma rotina alimentar saudável.