Introdução: Devido a sua prevalência, transcendência, dificultoso controle e implantação de estratégias, as infecções sexualmente transmissíveis (IST) são um dos principais agravos em saúde pública no Brasil. Estudos afirmam que as mulheres são especialmente vulneráveis às IST, por diversos fatores, tais como questões sociais, principalmente associadas ao machismo. Diante da problemática em questão, o presente estudo tem como objetivo descrever a experiência de uma educação em saúde na prevenção de IST em mulheres na atenção primária à saúde. Método: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, de centro único, o qual aborda a vivência de acadêmicos de medicina da Universidade Nilton Lins com 30 mulheres, clientes e participantes da Educação em Saúde do Outubro Rosa realizada no dia 23 de outubro, na Unidade de Saúde da Família Gebes de Melo Medeiros Filho, localizada no bairro Jorge Teixeira, zona leste da cidade de Manaus – AM. O tema abordado foi a Prevenção e Detecção de IST em um modelo de roda com distribuição de panfletos, com a participação ativa das clientes. Cada sessão durou aproximadamente de 20 a 30 minutos e o foco foi na conscientização da importância do auto cuidado e prevenção de doenças. Resultados: Participaram 30 mulheres da área de abrangência da unidade e foi observado grande interesse durante a palestra, com frequentes perguntas sobre os agravos apresentados e leituras do panfleto ofertado. Além disso, a adesão ao que foi instruído para elas tornou a ação extremamente agradável aos acadêmicos, pois as filas para a realização dos testes foram maiores do que o esperado. Foi também maior a participação dessas mulheres em outras ações de cuidados disponíveis na USF em detrimento das que não participaram da Educação em Saúde. Considerações Finais: A Educação em Saúde prestada converge para um único ponto: democratização do conhecimento. Observa-se que para os alunos é extremamente enriquecedor estar participando de um momento de aprendizado e cuidado para com a população, contribuindo para a formação profissional. Somado a isso, para as mulheres, foi mais um passo para o cuidado com a saúde, tão importante e algumas vezes negligenciado por falta de informação. Ficou nítido que a desinformação é um dos entraves para que a equidade em saúde pública no Brasil não seja alcançada, por conta disso, deve-se combate-la, tornando-a acessível a todos os púbicos.