Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Última alteração: 2021-12-23
Resumo
Introdução: Considerado um dos transtornos mais comuns na população feminina, a depressão tende a ser mais prevalente no período pós-parto devido a alterações hormonais decorrentes da saída da placenta, provocando na mãe sintomas que podem ser notados na primeira semana e se estender até um ano após o parto. Estudos sugerem que as alterações físicas, emocionais e psicológicas decorrentes da depressão pós-parto (DPP) podem estar diretamente relacionadas com a interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo (AME). Tal condição interfere na segurança da mulher acerca de suas habilidades para exercer a função materna, fortalecendo o sentimento de impotência e incapacidade relacionados ao seu desempenho frente à amamentação e cuidados com seu bebê. Este por sua vez tem seu crescimento e desenvolvimento comprometidos pela ausência dos benefícios gerados através do aleitamento materno exclusivo. Objetivo: Verificar a associação entre a depressão pós-parto e seus impactos no aleitamento materno exclusivo. Método: Trata-se de uma revisão integrativa, realizada através de artigos encontrados nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Scielo, durante o mês de dezembro de 2021. Para a busca, utilizou-se os descritores baseados no Decs: depressão pós-parto AND Aleitamento Materno. Os critérios de inclusão foram artigos em português publicados nos últimos cinco anos. Resultados: Foram encontrados 13 estudos, que após aplicação dos critérios de inclusão e leitura de títulos e resumos, posteriormente realizando-a de forma completa, resultou em um total de 06 artigos analisados que reforçaram a necessidade de estudos mais aprofundados a respeito do tema. Considerações finais: Verificou-se através desta pesquisa que a depressão pós-parto contribui consideravelmente para a interrupção do aleitamento materno exclusivo, um fato preocupante, tendo em vista os inquestionáveis benefícios da amamentação tanto para a mãe quanto para o bebê. Desta forma torna-se necessário olhar ampliado sobre os transtornos mentais no puerpério bem como a criação de estratégias de educação em saúde durante o pré-natal.