Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Última alteração: 2021-12-28
Resumo
Apresentação: O Movimento Popular de Saúde (MOPS) do município do Rio Grande vem desenvolvendo ações e atividades formativas e de Comunicação Popular em Saúde, por meio da virtualidade, durante a pandemia, envolvendo lideranças sociais, comunitárias e populares. Objetivo: Compreender e compartilhar a experiência do MOPS com atividades educativas, de forma virtual, durante a pandemia da COVID-19. A metodologia utilizada é a sistematização de experiências, segundo Oscar Jara, do Movimento Popular de Saúde a partir das ações de Educação Popular em Saúde desenvolvidas no extremo sul Rio Grande do Sul, no ano de 2021. Resultados: A pandemia da Covid-19 obrigou os movimentos populares a usarem outras estratégias de presencialidade, em função das medidas de distanciamento social para a diminuição da transmissibilidade do coronavírus. A virtualidade propiciou momentos significativos de vivências coletivas que reverberaram a potência das atividades que visavam a compreensão crítica da realidade, sobretudo, no diálogo sobre a pandemia/sindemia, fortalecimento das medidas de prevenção e promoção da saúde. Além disso, as atividades, possibilitaram a realização dos encontros, mesmo que online, produzindo novas formas de presencialidade e possibilitaram espaços de cuidado compartilhado entre os participantes, partilhas de momentos com reflexões e esperançar. Dessa maneira, compreende-se que as ações coletivas e educativas que têm por referência a educação popular freireana são estratégias importantes de re-existir, sobretudo na sociedade capitalista neoliberal com supressão constante de direitos humanos. Considerações finais: O MOPS comprometido, comunitariamente e socialmente, estimulou a partir, da educação popular, a reconstrução de possibilidades a partir de uma dimensão de solidariedade, no sentido de construir com as outras pessoas o viver cotidiano, sobretudo durante a pandemia. A Educação Popular em Saúde constitui-se em uma ferramenta estratégica de apoio aos processos de redução das desigualdades regionais e das iniquidades sociais, além de fortalecer as construções em prol das diversidades culturais e das possibilidades de estar e ser no mundo. Potencializou, ainda, o caminhar coletivamente, reconhecendo territórios e práticas de subjetivação dos sujeitos, denunciando, anunciando e (re)criando possibilidades de existência, de ser coletivo e viver em sociedade, em busca de potencializar as pluralidades que objetivam a defesa da vida.