Apresentação: A Tuberculose (TB) é uma doença transmissível e, em todo mudo, é considerada uma das principais causas de morte por um único agente infeccioso. É causada pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis, sua transmissão se dá por via aérea de uma pessoa contaminada, que elimina bacilos no ambiente a outra pessoa. Os migrantes fazem parte de uma população considerada vulnerável, com tendência para o aumento da doença, pois podem vir de regiões com alta taxa de incidência de TB, ou  se alocar em regiões brasileiras com alta taxa da doença, uma vez que o diagnóstico da doença não são feitos de forma precoce, juntamente com o difícil acesso ao tratamento dessa população. Este trabalho tem o objetivo de descrever o perfil epidemiológico dos casos notificados de TB em migrantes. Desenvolvimento do trabalho: trata-se de um estudo descritivo dos dados notificados de tuberculose em migrantes, pessoas de outras nacionalidades  que residem de forma legal no Brasil, nos anos de 2015 a 2018. Os dados foram obtidos a partir de análises das fichas de notificação do Sistema de Informação de Agravo e Notificação (SINAN) que busca a descrição das características das populações atingidas por doenças e agravos através da notificação e investigação dos casos. As variáveis analisadas nesta pesquisa foram categorizadas em variáveis demográficas no que se diz respeito a características sociais e econômicas do paciente, agravos associados à doença, comorbidades associadas à tuberculose e variáveis clínicas, que caracterizam o diagnóstico e tratamento da TB. As análises foram feitas usando o programa Stata 14, resultando em frequências absolutas e relativas das variáveis analisadas. Resultados e/ou impactos: foram notificados 1.825 casos de Tuberculose em migrantes de outros países no Brasil nos anos de 2015 a 2018. De acordo com os dados analisados houve  prevalência do sexo masculino, na faixa etária de 19–29 anos, residentes em área urbana. A taxa de escolaridade predominante entre os sexos masculino e feminino foi de 8 anos ou mais de estudo, sendo esses em sua maioria são não- brancos, considerados pretos, partos, indígenas, amarelos de acordo com a auto declaração utilizada no Brasil, e que em sua maioria não recebiam nenhum benefício do governo brasileiro. Considerações finais: o perfil traçado vai de encontro com os descritos na literatura, uma vez que a TB, apesar de ser uma doença que atinge ambos os sexos e todas as  faixas etárias, é considerada uma doença que atinge as  populações mais vulneráveis, devido às fragilidades econômicas, moradias insalubres e a falta de acesso à saúde, a população de migrantes se encaixa nessa descrição. Se faz evidente a necessidade de criação de políticas públicas voltadas a essa população, que possui suas próprias características com o objetivo de alcançar melhores resultados no controle da doença e melhor qualidade de vida para a população migrante.