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Apresentação: A utilização de filmes nas práticas de ensino tem se  mostrado  um importante instrumento com implicações no ensino-aprendizagem dos acadêmicos, promovendo reflexões e uma nova forma de aprender. Dessa forma, exemplifica-se a proposição de refletir sobre a narrativa do filme “Um Ato de Coragem” que expõe uma realidade capaz de revoltar o espectador. O filme mostra a cruel política neoliberal inserida no sistema de saúde dos Estados Unidos da América (EUA) por meio da mensagem de que “saúde é mercadoria”, baseando a assistência prestada na renda dos cidadãos. Assim, a atividade proposta objetivou discutir e refletir sobre a importância de um sistema único de saúde gratuito e universal em comparação com a trágica realidade apresentada pelo filme. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência  ocorrido no período de ensino remoto da Universidade Federal de Viçosa, que contou com a discussão da importância de um sistema de saúde público e universal na perspectiva do filme “Um Ato de Coragem", de Nick Cassavetes. Durante essa atividade, proposta pela disciplina de Políticas de Saúde, os discentes foram convidados a refletir à luz do filme a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil, principalmente no contexto pandêmico, além  de comparar a realidade brasileira com a que se passa nos EUA, onde o sistema não é público e universal, sendo fortemente ligado a renda das pessoas e a políticas neoliberais. Resultados: Os discentes debateram a respeito do neoliberalismo, dos sistemas de saúde e das políticas públicas conhecidas por eles. Levantou-se a discussão sobre os impactos e os riscos dos projetos privatistas para os sistemas de saúde públicos e para os cidadãos abrangidos por estes. À luz do filme, de forma crítica e reflexiva, os discentes evidenciaram a importância que o SUS tem para os brasileiros, mesmo com suas problemáticas de financiamento, principalmente no contexto pandêmico vivenciado, onde apenas o SUS é capaz de prestar assistência a todos os cidadãos. Considerações finais: Mesmo com a  falta de financiamento adequado, o sistema de saúde brasileiro, criado em 1988 pela Constituição Federal, possui vantagens em relação aos sistemas de outros países da América Latina que possuem ligações com políticas neoliberais. Dessa forma, defender e lutar por melhorias no sistema público é de suma importância para se enfrentar as problemáticas como as vivenciadas no filme.