Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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METODOLOGIAS ATIVAS NA FORMAÇÃO DE ACADÊMICOS DE MEDICINA: ÂMBITO DA CLÍNICA DE HEMODIÁLISE EM TEMPOS DE PANDEMIA
Mateus Augusto Ponsoni, Raquel Cristina de Oliveira Porto, Karyane Allen de Oliveira da Silva, Lucas Carlos de Almeida

Última alteração: 2022-01-04

Resumo


Apresentação: Trata-se de experiências relacionadas à formação de acadêmicos do curso de Medicina da Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB), durante as atividades nos cenários práticos e curriculares na NEFROESTE, clínica de hemodiálise da cidade de Barreiras- BA, entre setembro e dezembro do ano de 2021, considerando o conhecimento teórico sobre propedêutica, bem como sobre quadros de insuficiência renal. Desenvolvimento: A NEFROESTE é uma Instituição privada, conveniada ao Governo Federal e Ministério da Saúde, que atende, atualmente, apenas uma especialidade: a Hemodiálise no Oeste da Bahia. Como a formação médica precisa fornecer aos acadêmicos uma ressignificação na sua forma de aprendizagem, e considerando os entraves advindos da pandemia da covid-19 para essa experiência, a gestão da clínica de Hemodiálise ofereceu uma prática inovadora que integrou a gestora Dra Raquel Cristina de Oliveira Porto e alunos de medicina da UFOB. Esse processo de ensino-aprendizagem foi baseado na sincronia do conhecimento teórico sobre semiologia médica às vivências práticas da clínica de hemodiálise. O processo educativo estruturou-se com diálogo, e foi protagonizado por estudantes de diferentes semestres do curso, em que os monitores da disciplina “PRÁTICAS MÉDICAS NA ESF II : SAÚDE DO ADULTO E DO HOMEM” atuavam na resolução de dúvidas dos demais discentes. Assim, os alunos assistiram às aulas da professora Raquel, estudaram o conteúdo teórico de forma individual, sanaram as dúvidas na sala de aula da NEFROESTE e, posteriormente, realizaram a prática semiológica em seus pacientes sob orientação da docente e dos monitores. Convém ressaltar, que as atividades seguiram todas as normas de biossegurança recomendadas pela FioCruz. Resultados: As atividades práticas exercidas na NEFROESTE foram de extremo aproveitamento, pois muitas condições clínicas vistas na teoria foram reconhecidas de forma impactante, como em casos de Doença Renal Crônica e Insuficiência Renal. Com base na experiência com pacientes reais e considerando todas as atividades desenvolvidas, foi possível ressignificar a aprendizagem, proporcionar maior compreensão do processo de saúde-doença de cada indivíduo, valorizando não só a construção de novos saberes, como também a humanização do atendimento, acolhimento, e tratamento de cada enfermo. Então, o acompanhamento de discentes com o trabalho da Dra. Raquel foi primordial para que os alunos vivenciassem, também, o contato com a realidade de pacientes, a qual vai além da doença e do tratamento necessário e precisa ser tratada de forma individual pelo médico. Diversos casos de Insuficiência Renal Crônica puderam ser presenciados: causados por diabetes mellitus, pielonefrite, glomerulonefrite crônica, hipertensão não controlada, infecções do trato urinário, entre outros. Considerações finais: Diante das situações vivenciadas, nota-se a contribuição dessa experiência para conhecimentos acerca da nefrologia, matéria nem sempre tão compreendida entre os discentes, bem como do atendimento humanizado, o que pode influenciar positivamente no prognóstico do paciente. Os demais profissionais da instituição também se mostraram contentes com a participação dos discentes nessa atuação prática, a qual garantiu um ensino interprofissional aos alunos que frequentaram o âmbito da NEFROESTE – em tempos de pandemia.