Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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Perfil de pessoas idosas atendidas por uma equipe de saúde da família em Porto Velho/RO.
KARLA DA SILVA GUIMARÃES ROCHA, KATIA FERNANDES ALVES MOREIRA, EDSON DOS SANTOS FARIAS, TATIANE GOMES TEIXEIRA, SILVIA TEIXEIRA DE PINHO, NAIANY MEIRIELY DE ALMEIDA LOPES, MILENA QUEIROZ DOURADO, CAMILA DE OLIVEIRA SOUZA

Última alteração: 2022-01-06

Resumo


Apresentação: A taxa de envelhecimento da população no Brasil é crescente a cada ano, sendo necessário o planejamento da atenção à saúde da pessoa idosa na Atenção Primária à Saúde para que promova o envelhecimento ativo com manutenção da capacidade funcional. Uma ferramenta tem sido proposta para avaliação multidimensional e identificação de idosos com maior risco de vulnerabilidade, trata-se do Índice de Vulnerabilidade Clínico-Funcional-20. Esse instrumento tem potencial para auxiliar as equipes da atenção primária na identificação de idosos frágeis para um cuidado mais oportuno. Objetivo: Conhecer o perfil socio demográfico, clínico e o grau de fragilidade clínico funcional dos idosos acompanhados por uma equipe de saúde da família. Método: trata-se de um estudo quantitativo, transversal desenvolvido em uma unidade básica de saúde localizada na zona Leste do município de Porto Velho.  A amostra foi constituída por 200 idosos acompanhados por uma equipe de saúde da família do período matutino desta unidade. Foi aplicado à população idosa dois instrumentos: ficha com perfil sociodemográfico-clínico e o Índice de Vulnerabilidade Clínico-Funcional-20. A coleta de dados ocorreu de março à dezembro de 2021 na equipe de saúde da família da unidade, em grupo de idosos e domicílio dos idosos durante as visitas domiciliares realizadas. Na análise dos dados foi utilizado o software Statistical Package for the Social Sciences – versão 20.0. Resultados: A faixa etária com maior frequência foi de 60 a 74 anos (n=149, 74,5%) com média (69,32± 7,134). A maioria dos idosos do sexo feminino 53,5%(n=107), predominante da cor parda/preta (n=153, 76,5%), renda de 1 SM (n= 113, 56,5%), aposentado (n=123, 61,5%), cuja maior parte das mulheres é viúva (n=38, 74,5%) e dos homens casados ou com união estável (n=52, 54,7%). Com relação as condições crônicas autorreferidas as maiores frequências relatadas foram hipertensão arterial sistêmica (n=126, 63%), doenças musculoesqueléticas (n=77, 38,5%) e endócrino-metabólicas (n=68, 34%). Ainda 33% (n=66) usavam psicofármacos de forma contínua. A média de filhos foi (4,75±3,81) filhos, sendo que a maioria relatou residir sozinho (n=104, 52%). Referente à descrição do Índice de Vulnerabilidade Clínico-Funcional-20 pode-se destacar que houve maior frequência de idosos classificados como não frágeis (n=88, 44%). Entretanto, houve predominância de alteração na mobilidade (n=149,74,5%). Pequena parte dos idosos entrevistados apresentaram perda de AIVD (n=52, 26%) e ABD básica (n=2, 1%). Considerações finais: Os resultados reforçam a necessidade de investimento na promoção e prevenção da saúde e reiteram que o trabalho da equipe multiprofissional na atenção primária deve ser pautado no conhecimento da população adscrita e referente à saúde do idoso com foco no envelhecimento ativo, na manutenção da capacidade funcional e melhoria da qualidade de vida.

Palavras-chave: Estratégia saúde da família. Saúde integral da pessoa idosa. Envelhecimento saudável. Qualidade de vida.