Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Última alteração: 2022-01-06
Resumo
Apresentação: A taxa de envelhecimento da população no Brasil é crescente a cada ano, sendo necessário o planejamento da atenção à saúde da pessoa idosa na Atenção Primária à Saúde para que promova o envelhecimento ativo com manutenção da capacidade funcional. Uma ferramenta tem sido proposta para avaliação multidimensional e identificação de idosos com maior risco de vulnerabilidade, trata-se do Índice de Vulnerabilidade Clínico-Funcional-20. Esse instrumento tem potencial para auxiliar as equipes da atenção primária na identificação de idosos frágeis para um cuidado mais oportuno. Objetivo: Conhecer o perfil socio demográfico, clínico e o grau de fragilidade clínico funcional dos idosos acompanhados por uma equipe de saúde da família. Método: trata-se de um estudo quantitativo, transversal desenvolvido em uma unidade básica de saúde localizada na zona Leste do município de Porto Velho. A amostra foi constituída por 200 idosos acompanhados por uma equipe de saúde da família do período matutino desta unidade. Foi aplicado à população idosa dois instrumentos: ficha com perfil sociodemográfico-clínico e o Índice de Vulnerabilidade Clínico-Funcional-20. A coleta de dados ocorreu de março à dezembro de 2021 na equipe de saúde da família da unidade, em grupo de idosos e domicílio dos idosos durante as visitas domiciliares realizadas. Na análise dos dados foi utilizado o software Statistical Package for the Social Sciences – versão 20.0. Resultados: A faixa etária com maior frequência foi de 60 a 74 anos (n=149, 74,5%) com média (69,32± 7,134). A maioria dos idosos do sexo feminino 53,5%(n=107), predominante da cor parda/preta (n=153, 76,5%), renda de 1 SM (n= 113, 56,5%), aposentado (n=123, 61,5%), cuja maior parte das mulheres é viúva (n=38, 74,5%) e dos homens casados ou com união estável (n=52, 54,7%). Com relação as condições crônicas autorreferidas as maiores frequências relatadas foram hipertensão arterial sistêmica (n=126, 63%), doenças musculoesqueléticas (n=77, 38,5%) e endócrino-metabólicas (n=68, 34%). Ainda 33% (n=66) usavam psicofármacos de forma contínua. A média de filhos foi (4,75±3,81) filhos, sendo que a maioria relatou residir sozinho (n=104, 52%). Referente à descrição do Índice de Vulnerabilidade Clínico-Funcional-20 pode-se destacar que houve maior frequência de idosos classificados como não frágeis (n=88, 44%). Entretanto, houve predominância de alteração na mobilidade (n=149,74,5%). Pequena parte dos idosos entrevistados apresentaram perda de AIVD (n=52, 26%) e ABD básica (n=2, 1%). Considerações finais: Os resultados reforçam a necessidade de investimento na promoção e prevenção da saúde e reiteram que o trabalho da equipe multiprofissional na atenção primária deve ser pautado no conhecimento da população adscrita e referente à saúde do idoso com foco no envelhecimento ativo, na manutenção da capacidade funcional e melhoria da qualidade de vida.
Palavras-chave: Estratégia saúde da família. Saúde integral da pessoa idosa. Envelhecimento saudável. Qualidade de vida.