Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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ATENDIMENTO A PESSOAS TRANS NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Carolina Corbeceiri dos Reis, Wanessa Lorena Pereira Damasceno, Francisco Roney Sousa Paiva, Júlia Lima Leal, Vinicius Justiniano de Oliveira, Érika Fernandes Tritany, Michele Ribeiro Sgambato

Última alteração: 2022-02-08

Resumo


Introdução - O Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro foi instituído pela Constituição Federal de 1988 sob os pilares básicos da universalidade, integralidade e equidade. Entretanto, é notória a desigualdade de acesso aos tratamentos e serviços essenciais para certos grupos minoritários da população. Objetivo - Discutir os entraves encontrados por usuários transexuais durante seu atendimento no SUS e os aspectos do funcionamento do mesmo, além de reforçar a necessidade de incorporar o cuidado às pessoas trans na formação médica. Métodos - Foram realizadas discussões em um grupo tutorial sobre a população LGBTQIA+ da disciplina Saúde da Comunidade II do curso de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Campus Macaé, tendo como base referências científicas, literárias e cinematográficas baseadas no tema.  A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas feitas pelo Google Meet com três pessoas transexuais usuárias do SUS em tratamento hormonal e uma médica endocrinologista que atua em serviços de referência na área. Resultados - Os entrevistados relataram boas experiências em atendimento no SUS, mas frisaram a necessidade de maior divulgação dos tratamentos hormonais, atendimento adequado nas portas de entrada do sistema e a redução de entraves burocráticos quanto ao nome social. Os seguintes relatosdestacaram-se, o da médica entrevistada sobre o cuidado às pessoas LGBTQIA+: “são pessoas que necessitam de um tratamento diferenciado para cumprir o princípio de equidade do SUS: tratamento diferente para necessidades diferentes"; e de um dos usuários transexuais do SUS: "havia um abismo de diferença de acolhimento entre homens e mulheres transexuais, sendo que as últimas sofriam além de casos de machismo, transfobia também". Conclusão – Há a necessidade de melhorias do sistema em todos os níveis para otimizar a assistência e coordenação da linha do cuidado, de modo a promover a sua prática integral à saúde da população transexual. Contribuição - C.L., C.C., W.L e A.I contribuíram na realização das entrevistas com os usuários do SUS e busca bibliográfica de artigos científicos sobre a temática; A.G. e R.J realizaram a análise dos resultados; V.J. e R.P. realizaram a escrita do resumo científico e todos realizaram a revisão do mesmo.Attachments area