Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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FRAGILIDADE NA ORGANIZAÇÃO E ARQUIVAMENTO DE DADOS DE TESTAGEM RÁPIDA EM GESTANTES DE UMA CIDADE DO NORTE BRASILEIRO.
Luiza Soares Pinheiro, Amanda dos Santos Gonçalves, Ingrid Terezinha Carvalho Pinheiro, Nely Dayse Santos da Mata, Luzilena de Sousa Prudêncio, Camila Barbosa Nemer

Última alteração: 2022-01-13

Resumo


Apresentação: A Lei de Exercício Profissional de Enfermagem, Decreto nº 94.406/1987, permite que o pré-natal de baixo risco seja acompanhado por um enfermeiro, no qual a qualidade da assistência prestada durante a gestação e o parto são fundamentais para a redução de possíveis complicações no binômio mãe-filho. Tratando-se de infecções sexualmente transmissíveis (IST), a sífilis e o HIV se não tratadas podem evoluir para estágios que comprometem diversos sistemas fisiológicos e o feto, por via transplacentária. Tal situação, estando diretamente ligada às ações e rotinas do pré-natal reforça a importância da realização de testes rápidos para o diagnóstico dessas infecções durante a consulta de enfermagem, permitindo o tratamento precoce e prevenindo o adoecimento fetal. Cabe ao enfermeiro da Unidade Básica de Saúde a responsabilidade não apenas de executar as ações de cuidado, mas também a de registrar e armazenar de forma adequada essas informações. O presente estudo tem o objetivo de relatar a experiência das autoras sobre a organização e armazenamento das informações de testagem rápida e o atendimento pré-natal das gestantes de uma Unidade Básica de Saúde. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo, de caráter qualitativo, caracterizado como relato de experiência, vivenciado durante a coleta de dados de um projeto de iniciação científica intitulado “Testagem e a prevalência de sífilis e HIV na gestação no município de Macapá-AP”, da Universidade Federal do Amapá. A partir da experiência, observou-se que instituições de saúde possuem formas individuais de organização, dependentes do tipo de cuidado oferecido e da população atendida, e que influenciam na rotina de trabalho dos profissionais e na forma como são registrados esses atendimentos. Resultados: O armazenamento de dados pré-natais nas Unidades Básicas desprende-se de um padrão de organização. Algumas delas organizam esses dados de acordo com as equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF), outras com base nos profissionais que realizam o atendimento, e ainda há as que armazenam os dados a partir do acompanhamento de agentes comunitários de saúde (ACS). A Unidade Básica de Saúde utilizada como instrumento de estudo para este trabalho acolhe grande público devido ao número de habitantes nas áreas em que faz cobertura, parte dos pacientes reside em áreas de vulnerabilidade social, como áreas de ressaca, e de municípios ribeirinhos próximos a capital do Amapá. O armazenamento de prontuários das gestantes é organizado de acordo com o acompanhamento feito pelos agentes comunitários de saúde (ACS), resultando em grande dificuldade para obtenção de informações específicas do pré-natal. Considerações finais: Durante o período da pesquisa, constatou-se a perda de prontuários de gestantes que realizaram testes rápidos na UBS em evidência, esses registros são essenciais para indicar se houve a execução adequada do tratamento da IST, bem como, para futuras consultas ou pesquisas. Dessa maneira, sanciona-se a criação de um método de armazenamento de prontuários que tem função de padronizar, organizar e conservar os dados em questão, o qual deve ser adotado por todas as UBS, a fim de minimizar a ausência de informações sobre as gestantes.