Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
Tamanho da fonte: 
Análise dos Indicadores relacionados a Doenças Crônicas Não Transmissíveis na 27ª Região de Saúde do Rio Grande do Sul
VIVIANE DURIGON, DENISE BUENO

Última alteração: 2022-01-18

Resumo


As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs) são a principal causa de morte prematura em adultos no mundo, são responsáveis por cerca de 63% do total de mortes, além de causar impacto direto na economia e nas oportunidades de emprego. No Brasil as DCNTs representam uma parcela significativa dos custos relacionados à assistência hospitalar. Este estudo objetivou analisar dados da 27ª Região de Saúde do Rio Grande do Sul (RS) relacionados às DCNTs. A pesquisa foi realizada em de julho de 2021 no Portal BI Gestão Municipal (https://bi.saude.rs.gov.br/index.htm). Este portal, desenvolvido pelo Estado do Rio Grande do Sul, possibilita acompanhar indicadores específicos elencados pela SES-RS. Foram analisados dados estaduais, da macrorregião Vales e 27ª Região de Saúde no ano de 2019 para os seguintes Indicadores: Diabetes mellitus; Doenças do aparelho circulatório; Doenças do aparelho respiratório; Neoplasias malignas; Proporção de óbitos por Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). Para os indicadores: Diabetes mellitus, doenças do aparelho circulatório do aparelho respiratório e neoplasias malignas, foi utilizada a taxa de internação hospitalar (AIH) por 10.000 hab dados extraídos do Sistema de Internação Hospitalar (SIH/SUS) e Coeficiente de Mortalidade por 100.000 hab extraído do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) associada aos dados populacionais do IBGE. Na proporção de óbitos por Infarto Agudo do Miocárdio foi avaliado o número de óbitos nas internações por IAM pelo número total de internações por IAM, em determinado local e período. Em relação à diabetes, as taxas de internação e coeficiente de mortalidade da região (13,66 e 49,02, respectivamente) e da macrorregião (9,46 e 48,87, respectivamente) foram mais elevadas que a média estadual (7,43 e 48,45, respectivamente). Para doenças do aparelho circulatório, a região apresentou taxa de internação de 99,29 e coeficiente de mortalidade de 314,12 e a macrorregião 93,89 e 256,78, respectivamente, os valores estaduais foram de 83,34 e 207,44, respectivamente. As doenças respiratórias crônicas na região ocorreram em maior proporção (65,93 e 80,53, respectivamente) em relação à macrorregião (48,62; 69,23, respectivamente) e ao RS (34,75 e 60,44, respectivamente). As taxas de internação e coeficiente de mortalidade por neoplasias malignas regionais foram de 76,26 e 182,07, respectivamente, a macrorregião apresenta 69,34 e 183,48, respectivamente, resultados superiores aos estaduais (52,46 e 182,46, respectivamente). A proporção de óbitos por IAM foi maior na 27ª Região de saúde (17,88%) em comparação a macrorregião (12,83%) e Estado (12,03%). O ano de 2019 foi escolhido pois a série histórica apresentou uma diminuição significativa das taxas apresentadas em 2020 e 2021, como reflexo das ações voltadas ao enfrentamento do coronavírus. Com os resultados foi possível perceber que a região apresentou pior desempenho se comparada à média estadual e macrorregional. Este cenário pode ter se agravado frente a pandemia da Covid-19, pois ocorreram várias alterações na rotina de vida e no acesso a atendimento de saúde neste período. A partir deste levantamento, observa-se a necessidade de promover ações de educação permanente e o fortalecimento da rede de atenção à saúde visando contribuir nesta importante demanda de saúde da população.