Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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Vivências e percepções políticas pedagógicas na formação para o SUS – A experiência singular da construção coletiva de episódios narrados durante a pandemia de covid-19
Nilcéia Nascimento de Figueiredo, Valéria Ferreira Romano, Ana Beatriz De Oliveira Rabello Duarte, Gabriela Jade Nascimento Figueiredo, Clara Judithe de Jesus Nascimento, Iohanna Sanches Grammatikopoulos, Lucas Eugênio da Silva, Luan Limoeiro Silva Hermogenes do Amaral

Última alteração: 2022-01-16

Resumo


Os pressupostos da interdisciplinaridade já partem das oportunidades escassas de políticas de acesso, desde a formação com uma grade curricular tecnicista e dissociada da práxis. A própria inserção nos estágios e ou especializações, que na modalidade de Residência em Saúde busca responder às políticas governamentais, priorizando pressupostos da aprendizagem significativa, reflexão cotidiana da prática, sobretudo da multiprofissional, são um exemplo da escassez. No Rio de Janeiro, a única residência multiprofissional na Atenção Primária não prevê a inserção dos egressos da Fisioterapia por exemplo. As desigualdades já atravessam as oportunidades entre as áreas, desenhando suas tendências do corporativismo das profissões na saúde ainda durante graduação. Desde o valor das bolsas ofertadas, às próprias oportunidades, a orientação de conteúdos dirigidos para a atuação no SUS, são desafios que não passam despercebidos pela/os estudantes que desejam estudar para atuar na saúde pública, tão somente pelos projetos pedagógicos sistematizados no conteudísmos tecnicistas.

O intuito desse trabalho portanto é relatar a experiência exitosa, sobre a  construção coletiva de conteúdos para uma rádio universitária durante a pandemia de COVID-19, como foco em informações de educação em saúde, direitos e acesso, além do combate ás faknews. Tendo estudantes de diversas áreas de saúde como os protagonistas do processo, o Laboratório de Estudos em Atenção Primária, que oferta desde 2014 a iniciação científica na UFRJ, atendendo uma chamada de edital em agosto de 2020, adentrou na área da extensão universitária pactuando as dimensões prevista pelo ensino público: ensino, pesquisa e extensão.

A divulgação sobre a proposta de produção de um “programete”, nome dado á programas de até 5 minutos de duração, articulou estudantes das graduações de enfermagem, fisioterapia, medicina, terapia ocupacional, educação física e psicologia.  O processo coletivo da produção, vai da mobilização de conteúdos, escrita, gravação, edição e acompanhamento da veiculação feita nas plataformas do Spotfy, na rádio UFRJ uma edição por semana com reprise em horário alternativo no mesmo dia, além de rádios comunitárias quando oportuno. As/os estudantes relatam que suas experiências sensoriais em produzir conteúdos que jamais pensaram em discutir na graduação, o acesso á possibilidade de contribuírem com assuntos relevantes para a sociedade durante uma crise sanitária, além de transpor suas  dificuldades em comunicar e timidez, os fizeram ter novas perspectivas sobre a construção de suas carreiras profissionais.