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Introdução: A escola é um ambiente essencial na formação de valores dos indivíduos, visto que, hábitos e atitudes formados durante a infância e a adolescência têm grandes possibilidades de perdurarem durante a vida adulta. Assim sendo, o ambiente escolar é privilegiado para a realização de atividades relacionadas a promoção de saúde, preocupando-se com a criança e adolescente de forma integral, prevenindo e detectando agravos. Por esta razão, em 2007 o Ministério da Saúde (MS) integrado ao Ministério da Educação (MEC) implementa o Programa Saúde na Escola (PSE), tendo como alicerce a articulação entre a escola e a rede básica de saúde, visando a formação integral e o desenvolvimento da cidadania de estudantes da educação básica. Para o alcance dos objetivos propostos o PSE é composto por cinco componentes, sendo eles: 1- Avaliação Clínica e Psicossocial; 2- Ações de Promoção da Saúde e Prevenção de Agravos; 3- Educação Permanente e Capacitação dos Profissionais para o PSE; 4- Monitoramento e Avaliação da saúde dos estudantes; 5- Monitoramento e Avaliação do PSE. Desta forma, este trabalho tem como objetivo relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem ao participar do Programa Saúde na Escola. Metodologia: Estudo descritivo do tipo relato de experiência, realizado por acadêmicos de enfermagem da Universidade Federal do Pará no período da prática da disciplina de Semi-Internato de Enfermagem em Saúde Coletiva em uma Escola Municipal de Ensino Fundamental no município de Belém/PA. Resultados: Várias atividades foram realizadas no decorrer do PSE, a avaliação clínica e psicossocial foi realizada através de uma consulta de enfermagem, feita pelos acadêmicos e o enfermeiro docente responsável, onde foram analisados os seguintes componentes: idade; peso; altura; índice de massa corporal; frequência cardíaca e respiratória; quadro vacinal; exame físico com análise de sinais de violência ou negligência. A partir disso, fazia-se a classificação de risco de cada estudante, onde a cor verde significava sem riscos atuais, apenas orientações básicas para o aluno e/ou responsável; o amarelo indicava um risco moderado e a necessidade de encaminhamento para serviços de saúde; o vermelho correspondia a um alto risco e necessidade imediata de encaminhamento para serviços de saúde. Ademais, ações de promoção da saúde e prevenção de agravos também foram realizadas, a escola requisitou que termas sobre a dengue e covid fossem abordados, para isso os acadêmicos utilizaram metodologias ativas para orientar as crianças e adolescentes a respeito dessas patologias. Por fim, mais de trinta estudantes receberam encaminhamentos para monitoramento da saúde com a enfermagem e outros profissionais de saúde, com o intuito de acompanhar de forma integral a saúde, o crescimento e desenvolvimento da criança e do adolescente. Considerações Finais: Essa experiência foi primordial para que os discentes observassem na realidade a importância do olhar sensível e crítico em todos os componentes do PSE, ao encontrar achados clínicos que fogem da normalidade, a fim de prevenir e detectar agravos, preocupando-se integralmente com a saúde da criança e do adolescente.