Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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AGRAVOS DE DOENÇAS POR CARÊNCIA DE POLÍTICAS DE SAÚDE EM CONTEXTO DE VULNERABILIDADE SOCIAL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
Gustavo Alberto Briske Klug, Franciele Flodoaldo, Emily Faé Ginelli, Maria Cirlene Caser

Última alteração: 2022-01-27

Resumo


Apresentação: A vulnerabilidade social é entendida como um indicador de desigualdade, em que os indivíduos se tornam mais susceptíveis à exclusão social, e assim, seus direitos constitucionais não são respaldados por políticas públicas, principalmente ao acesso pleno aos cuidados de saúde. Por consequência disso, as doenças tendem a se agravar, provocando danos em sua integridade física, mental e social. É importante detectar os fatores determinantes e condicionantes e desenvolver políticas públicas que contemplem o direito à saúde dessa população. Desenvolvimento: Revisão sistemática, a qual buscou artigos relacionados à questão dos agravos de saúde por consequência de políticas de saúde pouco efetivas. Para isso, foi realizado uma busca nas bases de dados no PubMed, no Scientific Electronic Library Online (SciELO) e na Literatura Latino-Americana e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (LILACS), usando os operadores booleanos, definidos pelos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Direito à Saúde” AND “Política de Saúde” AND “Disparidades nos Níveis de Saúde” AND “Vulnerabilidade Social”. Resultados: Utilizando os filtros de busca texto completo e gratuito, de forma online, publicados nos últimos 5 anos (2017-2021) e nos idiomas português, espanhol e inglês, encontrou-se 11 artigos. Dois artigos foram excluídos por encontrar-se repetidos em outra base de dados. Pela leitura do título e do resumo, excluiu-se 2 artigos por não terem relação com o tema. Após a leitura na íntegra de 7 artigos, foram selecionados 6 para compor a revisão de literatura. Desses, dois artigos identificaram que o maior público acometido pela carência de políticas públicas de saúde são pessoas com baixa renda, mulheres, negros, moradores de periferia e pessoas em situação de rua. Outro artigo identifica que a população indígena e imigrante também faz parte desse público. Já outro artigo relata também a vulnerabilidade de crianças e grávidas, que não possuem recursos para um cuidado de saúde integral. Três artigos relatam sobre o saneamento básico precário, que potencializa doenças e agrava a saúde. Dois artigos salientam que a violência é um aspecto marcante na vida desses indivíduos, presente sob forma física e psicológica. Um artigo relata a respeito da falta de alimentação adequada, já outro evidencia a falta de áreas de lazer e de esporte. Ambos mostram que essas questões prejudicam a saúde dessa população. Todos os artigos expõem que um menor poder aquisitivo, somado à dificuldade de acesso aos serviços de saúde e uma parca ação das esferas governamentais, em propor ações direcionadas às pessoas mais estigmatizadas e marginalizadas, levam a um contexto, marcado por maiores chances de desenvolvimento de doenças e agravos à saúde. Considerações finais: É importante o poder público promover e ampliar ações voltadas à saúde, de modo a elaborar medidas que minimizem ou sanem os agravos e as doenças que atingem os grupos socialmente mais vulneráveis, visto que esses necessitam de mais atenção e mais recursos.