Apresentação: No dia 11 de março de 2020 a COVID-19 foi declarada como uma pandemia, após um estudo de casos de “pneumonia viral” em Wuhan, na República Popular da China, o vírus identificado como causador da doença foi o SARS-CoV-2. A expressiva proporção tomada pela doença no Brasil alerta para a necessidade de compreender a relação entre a infecção e as minorias sociais, especialmente no que diz respeito à população indígena devido a vulnerabilidade e suscetibilidade desse grupo para as doenças infectocontagiosas. Por conseguinte, o objetivo deste estudo foi identificar o panorama da COVID-19 nos povos indígenas do Brasil. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica que compreende estudos do impacto da COVID-19 nos indígenas do Brasil. Os artigos foram pesquisados na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) -utilizando as bases de dados da Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) e Literatura Latino-Americana em Ciências da Saúde (LILACS)- e na SciELO (Brasil Scientific Electronic Library Online). Como critérios de inclusão, foram selecionados os textos completos, gratuitos, com idioma português, inglês ou espanhol. Foram excluídos os artigos repetidos e que não relacionados ao tema. Os descritores usados no DeCS foram: “COVID-19”; “Health of Indigenous Peoples”; “Coronavirus Infections”. Os 5 estudos foram selecionados com base nos títulos, resumos e na leitura na íntegra. Resultados: As inúmeras dificuldades de prevenção e promoção de saúde das Populações do Campo, Floresta e Águas (PCFA) sempre existiram. Essas barreiras desfavoráveis geralmente são culturas, sociais, econômicas e ambientais. Some-se a isso o fato de que as barreiras geográficas, as estruturas precárias e a falta de recursos para a realização de atendimentos são fatores que limitam a adesão e o acesso à saúde pelas populações indígenas. Diante disso, a chegada da Covid-19 é um alarde para a saúde desses povos, dada a maior suscetibilidade em contrair enfermidades infectocontagiosas que eles estão expostos. Além do acesso precário à saúde, essas pessoas estão inseridas em um contexto de elevada mortalidade infantil, tuberculose, verminose, diarreia e infecções respiratórias. Considerações finais: Nesse contexto, é necessário que sejam adotadas políticas públicas que permitam melhorar a qualidade de vida e acesso à saúde dos povos indígenas e a promoção de bem-estar social, além da ampliação da cobertura vacinal.