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Apresentação: O trabalho dentro das Estratégias Saúde da Família (ESF) tem sido realizado de forma multiprofissional, onde profissionais de diferentes formações atuam em suas especialidades para atenderem suas demandas. Esse modelo de trabalho nem sempre é a melhor atuação dentro dos serviços de saúde, e por isso, a interprofissionalidade ganha maior notoriedade pois promove um atendimento integral, na qual os profissionais conversam entre si, a fim de juntos encontrarem melhores resultados e promoverem um atendimento resolutivo. Com isso,  o objetivo deste trabalho foi de analisar o conhecimento dos trabalhadores da Atenção Básica à Saúde sobre o tema da interprofissionalidade no município de São Mateus/ES, e identificar as estratégias Interprofissionais no trabalho em equipe. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva de natureza qualitativa, na qual participaram 5 enfermeiros, 2 médicos, 4 odontólogos, 5 auxiliares/técnicos de enfermagem e 5 agentes comunitários de saúde, totalizando 21 participantes que atuam na ESF do município. A coleta de dados foi feita no ano de 2020 mediante formulário de identificação e entrevista semiestruturada, e os dados foram analisados por meio de Análise de Conteúdo Temática. O estudo obedeceu aos princípios éticos que constam na Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. Resultados: Há um desconhecimento e uma confusão conceitual entre os termos interprofissionalidade, multiprofissionalidade e interdisciplinaridade, por parte dos profissionais das ESF, em contrapartida, existe um conhecimento empírico sobre a importância de todas profissões trabalharem em conjunto, para promover um atendimento integral ao paciente. Entretanto, sabem também que há desafios a superar nos serviços de saúde, como a falta de interação e a ausência de práticas colaborativas entre os profissionais, o que compromete a atuação da equipe para o trabalho interprofissional. Considerações finais: As realidades entre as ESF se repetem em relação ao conhecimento dos termos, assim, com as evoluções das necessidades de saúde e o pouco conhecimento sobre a interprofissionalidade, é de fundamental importância o desenvolvimento da Educação Interprofissional (EIP) nas práticas formativas em saúde, a fim de desenvolver competências colaborativas para o efetivo trabalho em equipe e a substituição do modelo de formação uniprofissional, focado apenas na especialidade. Além disso, desenvolver a EIP da fase prática no cotidiano do trabalho em equipe para ter uma abordagem interprofissional e consequentemente que seja possível aprender com o outro profissional através da interação e do compartilhamento de saberes, para que possam desenvolver um trabalho coletivo, que garanta uma atenção equânime, integral e resolutiva aos usuários do Sistema Único de Saúde.