INTRODUÇÃO: Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a sífilis atinge, em todo o mundo, mais de 12 milhões de pessoas. Anualmente, é responsável por aproximadamente 300.000 mortes fetais e neonatais além de elevar o risco de morte precoce em 215.000 crianças. É categorizada como primária, secundária,  latente  precoce,  latente  tardia,  terciária  e neurossífilis, sendo que, no período de latência o paciente encontra-se assintomático. As manifestações clínicas aparecem devido a ação inflamatória ocasionada pela replicação do Treponema  pallidum. O diagnóstico é feito através de testes sorológicos, na maioria das vezes e a droga de escolha para o tratamento é a Penicilina G Benzatina, avaliando os locais acometidos e o tempo de exposição. OBJETIVO: Descrever a importância do rastreamento e tratamento adequado da sífilis em gestantes e sífilis congênita no recém-nascido (RN). MÉTODO: Trata-se de uma revisão integrativa, realizada através de artigos encontrados nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), durante o mês de dezembro de 2021. Para a busca, utilizou-se os descritores baseados no DeCS: Sífilis Congênita AND Rastreamento AND Gestação. Foram selecionados artigos completos disponíveis, idioma português, ano de publicação entre 2016 a 2021, sendo excluídos teses, dissertações e revisões de literatura. RESULTADOS: Foram encontrados 15 estudos e após a leitura e análise 5 fizeram parte desta revisão. Os artigos demonstram que há uma subnotificação dos novos casos de sífilis em gestantes, sendo registrado apenas 32% dos casos de sífilis e 7,4% dos casos de sífilis congênita. O pré-natal é considerado um momento importante na prevenção da sífilis congênita, , sendo que 53,8% das mulheres tiveram o diagnóstico e tratamento adequado da sífilis durante o pré-natal entretanto, as consultas e exames estão abaixo do recomendado. Associando a subnotificação dos casos o pré-natal de baixa qualidade, há um prejuízo na elaboração de medidas preventivas e de educação em saúde para a população. No Brasil, os dados mostram que dos nascidos com sífilis congênita, 9,5% apresentavam baixo peso, 11,8% eram prematuros além dos registros de óbitos fetais (0,5%) e neonatais (0,7%). CONCLUSÃO: O rastreamento, principalmente no âmbito da Atenção Primária, é de suma importância na identificação dos casos de sífilis em gestantes, sendo responsável por proporcionar um tratamento adequado que reduzirá as consequências para a mulher e para o recém-nascido, além de proporcionar um processo de educação em saúde com a população com o intuito de reduzir os casos de sífilis.