Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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MORTALIDADE POR CAUSAS EVITÁVEIS EM CRIANÇAS DE 0 A 4 ANOS, ESPÍRITO SANTO – 2007 A 2016.
MARIANA PORTO DE SOUZA, Maria Fernanda Garcia Corrêa Faria, Italla Maria Pinheiro Bezerra, Francine Alves Gratival Raposo Raposo, Leonardo Gomes da Silva

Última alteração: 2022-01-27

Resumo


Introdução: Consideram-se óbitos por causas evitáveis ou reduzíveis aqueles nos quais poderiam ser prevenidos – de forma parcial ou total – por simples ações de saúde efetivas realizadas por profissionais da saúde. Quando essas ações não ocorrem de forma efetiva ou são inexistentes levam a morte precoce e indicam injustiças sociais, fornecendo uma vasta fonte para a intervenção adequada as mais diversas realidades do país. Alguns programas já adotados pelo Mistério da Saúde como os Programas de Atenção Integral à Saúde da Mulher e o Programa Nacional de Imunização e atenção ao pré-natal foram e são peças-chave para o declínio da mortalidade dessas crianças, mas que infelizmente não estabelecem o resultado desejado. Objetivo: Analisar a mortalidade infantil por causas evitáveis no estado do Espírito Santo entre os anos de 2007 a 2016. Método: Trata-se de um estudo descritivo, ecológico, retrospectivo, com uma abordagem quantitativa. As informações coletadas são relativas aos anos 2007 a 2016. Os dados foram coletados nos meses de outubro e novembro de 2018 pelos próprios pesquisadores. Foram calculadas proporções e taxas por mil nascidos vivos (NV) para o total de óbitos e as principais causas de morte na infância por causas evitáveis. Resultados: Na análise do período, as elevadas taxas dos óbitos infantis evitáveis sinalizam problemas relacionados com a assistência materno-infantil, que não podem se restringir às ações realizadas no período do parto e pós-parto. É indispensável o desenvolvimento de ações de caráter preventivo, antes mesmo do início da gestação, tais como: planejamento reprodutivo e garantia de acesso aos serviços de saúde. Existe a possibilidade de correlacionar os óbitos e suas diversas variáveis de acordo com a progressão dos anos. A queda ou aumento nesses números implicam diversas causas entre elas o nível socioeconômico da população, taxa de natalidade, qualidade e quantidade ações vinculadas à atenção básica, cobertura vacinal ou mesmo aprimoramento do diagnóstico, coleta de dados e correta notificação dos casos. Essas suposições podem ser comprovadas através de resultados estabelecidos pelo Programa de Humanização do Pré-Natal e Nascimento (PHPN), criado no ano de 2000, que designou elementos essenciais com o objetivo de reduzir as altas taxas de morbimortalidade materna e infantil, oferecendo a devida assistência à gestante e ao parto, por meio de ações de ampliação do acesso ao pré-natal e pela inserção de procedimentos para aproximar a assistência ambulatorial ao momento do parto. Outro fator que chama atenção são as baixas taxas para crianças da raça negra, já que historicamente, essa etnia sofre com os processos inclusivos no Brasil e representam cerca de ¾ da população pobre no país, segundo dados do IBGE. Considerações finais: O Sistema de Informações sobre Mortalidade, no entanto, ainda apresenta limitações, que se referem tanto à cobertura e fluxo do sistema, como à qualidade das informações contidas nas Declarações de Óbito, que precisam ser conhecidas para que possamos definir estratégias de ação no sentido de superá-las, contribuindo para o aprimoramento da análise dos dados e para futuras análises.

Palavras chave: Mortalidade infantil; Saúde Materno-Infantil; Causas de morte.