A pandemia causada pelo Sars-Cov-2 imputou um novo padrão de ser e viver para a sociedade hodierna. Nesse diapasão, como principal medida não farmacológica, o distanciamento físico se fez necessário para minorar a disseminação do vírus e conter a pandemia. Sob esse viés, o campo educacional brasileiro, pautado no ensino presencial, careceu de uma reformulação abrupta, passando a ofertar aulas no modelo Remoto Emergencial em todo o país. Objetivando dar seguimento à formação acadêmica dos estudantes de Medicina, mantendo a qualidade do ensino presencial, as monitorias de ensino surgem como uma importante ferramenta para complementar os momentos síncronos dos componentes curriculares. Este escrito se trata de um relato de experiência, ocorrido entre fevereiro a setembro de 2021, em que foram ofertadas Monitorias de Ensino Voluntárias do componente curricular Histologia para discentes do curso de Medicina da Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB). Foram adotadas plataformas digitais para as monitorias, como o site Histology Guide para a apresentação de lâminas, o Zoom Meetings para os encontros síncronos semanais, bem como plataformas de jogabilidade, como o Quizizz e Kahoot, e de interação, a exemplo, o Mentimeter. Os resultados da efetividade das monitorias puderam ser auferidos após a finalização do componente, num momento de “avaliação das monitorias”, em que os discentes expuseram as percepções que tiveram durante o período, e os benefícios advindos das monitorias para a melhoria na compreensão dos aspectos histológicos dos tecidos e sistemas, além do saldo de 100% de aprovação na matéria. Destarte, infere-se que as monitorias de ensino adaptadas ao contexto remoto são de grande valia para a formação acadêmica, pois, ao se valer de novas estratégias, como a simulação de um microscópio virtual e a gamificação educacional, possibilitam a aproximação dos alunos aos componentes curriculares, minorando os flagelos advindos da pandemia ante à educação.