Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Última alteração: 2022-02-24
Resumo
Apresentação: o programa “valorização da diversidade e luta contra o preconceito” da IFMSA Brazil se propõe a levantar discussões a fim de promover reflexão e pensamento crítico acerca do preconceito sofrido pelas mais diversas populações do país, através de atividades que envolvem estudantes da área de saúde e a população em geral. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo analisar as atividades do programa em questão para avaliar seus resultados e assim ter um panorama mais preciso do que pode ser mantido e do que pode ser melhorado no ano de 2022, podendo, ainda, servir como exemplo para os demais programas da instituição e para outros projetos ou atividades que abordem a mesma temática. Desenvolvimento do trabalho: para composição deste trabalho realizou-se análise das propostas de atividades submetidas em 2021 na plataforma Sistema Online de Atividades e Relatórios (SOLAR) 3.0 da IFMSA Brazil, responsável por receber os planejamentos pré-ação e feedback pós-ação de todas as ações realizadas pelos comitês locais da instituição. Resultados e/ou impactos: foram recebidas 82 atividades, destacando-se temáticas como racismo na medicina, LGBTQIA+fobia, pessoas com deficiência, capacitismo e anticapacitismo, gordofobia e padrões estéticos, saúde de populações vulnerabilizadas e respeito aos direitos humanos. Observa-se predominância de ações promovidas, principalmente pelos comitês de São Paulo e da região Sul do país. Com isso, pode-se inferir que ainda os temas de diversidade são mais discutidos pelos comitês das regiões que mais se beneficiam ou tem contato com a produção intelectual e “novidade” de informação/científica de alguns nichos e temas. Além disso, foi visto que o modo de apresentação/debate dos eventos se deu majoritariamente por meio de palestras, seguido por simpósios, evidenciando assim que os temas relacionados à diversidade foram mais consumidos de forma passiva pelos ouvintes e participantes dos eventos propostos. Com a impossibilidade de realização de ações presenciais, a maioria do público-alvo das atividades foi a comunidade acadêmica, fazendo com que tais debates fiquem restritos a ambientes elitizados e que já possuem acesso mais amplo a esses temas. Considerações finais: a importância de falar sobre a diversidade é inegável e o programa tem cumprido sua função em levar informações sobre assuntos relevantes para a formação profissional e pessoal de seu público-alvo. Porém, o engajamento com essas pautas é papel de todos, logo, as discussões podem e devem ser expandidas para outros espaços, além do acadêmico, fazendo com que o acesso seja mais democrático e proporcione mudanças mais incisivas na sociedade.