Apresentação: diante do período de infecção pelo SARS-CoV-2 e a necessidade de isolamento social, as atividades acadêmicas presenciais passaram por adaptação ao modo ensino à distância. Nesse contexto, devido ao seu importante papel de conectar a população em geral às instituições de ensino superior, os projetos de extensão enfrentam dificuldades em exercer seu papel social através dos meios digitais. Diante disso, o trabalho tem como objetivo refletir, com base nas vivências adquiridas em um projeto de extensão da Universidade Federal do Amazonas, sobre os impactos causados pela necessidade de adaptação das atividades ao meio digital durante o período pandêmico. Desenvolvimento do trabalho: com a vigência do período remoto, o projeto de extensão sofreu mudanças em seu público-alvo e temáticas abordadas, passando a executar apenas atividades online voltadas para pessoas com acesso à internet. Dessa forma, as ações têm atingido, estudantes de graduação da área da saúde, especialmente do curso de medicina, com enfoque em assuntos que visam aperfeiçoar a formação, como cuidados paliativos, especificidades de saúde de populações vulnerabilizadas, impactos da pandemia na educação médica e assuntos de importância regional em saúde pública, realizadas por meio de simpósios, mesas redondas e rodas de conversa. Essas ações eram abordadas no período pré-pandemia, mas em menor intensidade, já que antes as ações tinham como foco a comunidade fora dos limites acadêmicos. Dessa forma, a comunidade foi prejudicada, tendo em vista que ações de educação em saúde e assistencialistas não foram mais executadas. Resultados e/ou impactos: a inserção de acadêmicos dentro da comunidade é um dos principais pilares de um projeto de extensão e tem sido afetada pelo período pandêmico. Com a impossibilidade de alcançar a comunidade geral, há prejuízo na formação humanística, afetando o entendimento dos acadêmicos, em sua maioria nos períodos iniciais da graduação, acerca das necessidades da população local. Há prejuízo no projeto pedagógico, devido a falta de vivências extensionistas, afetando o tripé acadêmico composto pelo ensino, a pesquisa e a extensão. A aquisição dos  conhecimentos produzidos depende de acesso à internet de forma regular, o que também restringe o alcance do público-alvo e a democratização dessas informações. Para além disso, observa-se desmotivação dos membros do projeto, haja vista a saturação de momentos online e a falta de contato com a comunidade, fazendo com que o engajamento dos acadêmicos esteja cada dia mais reduzido, acompanhado de impactos psicoemocionais e afastamento de integrantes. Considerações finais: a fim de buscar canais de diálogo, intuito principal da proposta de extensão, faz-se necessário aderir, mesmo que online, a formas de contato mais interativas e de caráter compartilhável com a população. Atingindo assim, o objetivo maior da comunicação que é divulgar e informar. Sendo assim, não só a seleção de temas cotidianos, mas como eles serão propagados são os pontos principais para o engajamento do público-alvo e dos comunicadores.