Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À SÍNDROME DE BURNOUT EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Amanda Silva Florentino, Carla de Souza Mendes, Matheus Silva Neves dos Santos, Rubens José Loureiro

Última alteração: 2022-01-26

Resumo


INTRODUÇÃO: A Síndrome de Burnout decorre de uma tensão emocional crônica vivenciada pelo trabalhador relacionada ao seu ambiente de trabalho que é caracterizada por exaustão emocional, baixa realização profissional e despersonificação. Essa condição pode gerar sintomas físicos, psíquicos, emocionais e comportamentais e trazer consequências negativas que prejudicam a qualidade de vida do trabalhador. Nesse sentido, os profissionais de saúde são propensos ao desenvolvimento dessa síndrome, tendo em vista que o trabalho que exercem demanda grandes responsabilidades e tensão emocional de forma constante, por muita das vezes, terem que lidar com o sofrimento e dor dos pacientes. OBJETIVO: Sendo assim, o objetivo é analisar os fatores de risco associados ao aparecimento da Síndrome de Burnout nos profissionais de saúde. MÉTODO: Quanto ao método, trata-se de uma revisão de literatura realizada na Biblioteca Virtual da Saúde no mês de janeiro de 2022. Para a busca,  utilizou-se os descritores Síndrome de Burnout AND Fatores de Risco. Foram selecionados artigos em português a fim de valorizar a literatura nacional, publicados entre maio de 2015 a dezembro de 2020. A princípio foram encontrados 36 artigos e após aplicar os critérios de inclusão restaram 16 dos quais 7 compuseram a amostra final. RESULTADOS: Percebe-se que o surgimento da Síndrome de Burnout nos profissionais de saúde tem relação com longas jornadas de trabalho, alta demanda de serviços, baixa remuneração, rigidez na estrutura hierárquica, número limitado de recursos humanos e materiais e a insalubridade. Além do mais, o descontentamento e a deficiente relação entre os profissionais, a insatisfação com a profissão e o desgaste psicossocial nas tarefas realizadas também se configuram como fatores predisponentes. Acerca do perfil de indivíduos mais predispostos a desenvolver a condição, foi verificado que pessoas esforçadas, impacientes, mais competitivas, com dificuldade de tolerar frustração, com excesso de necessidade de controle e baixa estima têm maior chance. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante dessa perspectiva, faz-se necessário implementar ações preventivas para contornar essa situação. Para isso, a gestão dos serviços de saúde deve ser democrática e permitir que as classes dos profissionais de saúde exponham as dificuldades por meio de colegiados e fornecer recursos para o desempenho da função dos trabalhadores. Outrossim, também cabe a gestão investir em mudanças no ambiente de trabalho com a realização de atividades de educação permanente, melhoria do clima organizacional, adoção de pausas esporádicas durante a jornada de trabalho, maior aproveitamento de tecnologias e gerenciamento dos conflitos decorrentes de posicionamentos diferenciados intra e interequipes. É essencial que o ambiente de trabalho proporcione saúde física e mental aos profissionais porque quem cuida também precisa ser cuidado.