Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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EFEITOS DA MUSICOTERAPIA NO TRATAMENTO DA DOENÇA DE ALZHEIMER
Amanda Silva Florentino, Carla de Souza Mendes, Matheus Silva Neves dos Santos, Rubens José Loureiro

Última alteração: 2022-01-17

Resumo


INTRODUÇÃO: A doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que acomete pessoas da terceira idade caracterizada por sintomas comportamentais e comprometimento cognitivo progressivo que ocasiona perda de habilidades funcionais. Nesse sentido, para tratar a patologia, além da utilização de medicamentos podem ser utilizados recursos não farmacológicos que potencializam os resultados. Dessa forma, uma das maneiras de complementar o tratamento farmacológico é por meio da musicoterapia que é o uso profissional da música com finalidade diagnóstica ou terapêutica de modo a otimizar a qualidade de vida e bem-estar. A musicoterapia é eficiente no tratamento do Alzheimer porque as emoções, percepções, memórias musicais e sensibilidade podem permanecer mais tempo no cérebro do que outras lembranças e essas podem ser relembradas com a melodia. Sendo assim, a música permite atingir memórias, pensamentos e cognição auxiliando na preservação do sentimento de identidade do indivíduo. OBJETIVO: Dessa maneira, o objetivo deste trabalho é descrever os principais efeitos da musicoterapia no tratamento da doença de Alzheimer. MÉTODO: Quanto ao método, trata-se de uma revisão de literatura realizada na Biblioteca Virtual da Saúde no mês de janeiro de 2022. Para a busca, utilizou-se os descritores Doença de Alzheimer AND Musicoterapia. Foram selecionados artigos em texto completo, publicados entre junho de 2017 a julho de 2021. A princípio foram encontrados 174 artigos e após aplicar os critérios de inclusão restaram 95 dos quais 7 compuseram a amostra final por estarem mais relacionados ao objetivo deste trabalho. RESULTADOS: Verifica-se que a inserção da musicoterapia no tratamento do Alzheimer está relacionada com a melhora dos sintomas de depressão e ansiedade, assim como nos níveis de cortisol. Além disso, esse recurso terapêutico pode promover a lembrança de pessoas passadas e a interconexão com os familiares. Outros estudos sugerem a melhora da memória de curto prazo e maior domínio do abstrato, assim como o aumento nos níveis de estradiol e testosterona que podem enfraquecer a progressão da doença por meio da supressão da diminuição e degeneração das neurofibrilas, Em vários casos foi constatado que por meio da musicoterapia o portador de Alzheimer pode assimilar  melodias familiares e preservar a habilidade musical no que se refere a tocar algum instrumento. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante dos diversos efeitos positivos que a musicoterapia pode possibilitar ao indivíduo com Alzheimer, percebe-se que a inclusão desse recurso terapêutico no tratamento complementar da patologia pode contribuir para melhora de aspectos comportamentais, psíquicos e cognitivos. Entretanto, cabe salientar que essa temática é complexa e cada indivíduo com Doença de Alzheimer pode se relacionar apresentar resultados diferentes com o uso da musicoterapia. Por fim, são necessários estudos mais sistematizados acerca do tema, já que a literatura é muito diversificada e é difícil encontrar informações uniformes. A Doença de Alzheimer é um tema de grande importância,  tendo em vista o aumento da população idosa com a patologia o que a torna um problema de saúde pública.