Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Última alteração: 2022-01-17
Resumo
Introdução: Crianças em condição de vulnerabilidade social são fácies alvos de infecções por parasitas intestinais devido às noções de higiene precárias, déficit no controle alimentar e ao constante contato umas com as outras, com lugares propícios a infecção como moradia perto de esgoto a céu aberto e ausência de saneamento básico, é comum também entre estes o contato como animais de quintais. Tais situações podem ter impacto considerável no desenvolvimento físico e intelectual das crianças comprometido por ações desses parasitas. Métodos: Buscou-se analisar a influência da educação em saúde sobre a contaminação por parasitas intestinais em crianças em situação de vulnerabilidade social moradoras da Comunidade periférica Asa Branca situada em Santarém, cidade do interior do Estado do Pará, Norte do Brasil. Resultados: Foram coletados dados sobre sintomatologia com os pais das 53 crianças moradoras da comunidade, focando nos principais sinais e sintomas das parasitoses como: dores abdominais, diarreia, náuseas e/ou vômitos; diminuição do apetite; e perda ponderal de peso. Encontrando-se ocorrência de pelo menos três desses sintomas concomitantes em um período de duas semanas em 90,56% das crianças no último mês. Observou-se também pela mensuração do IMC destas crianças um déficit nutricional na maioria das crianças, além dos dados mostram que em todas as famílias onde residem crianças, há pelo menos uma com o IMC abaixo do esperado para a idade. Discursão: Mediante os resultados a equipe elaborou atividades lúdico-educativas para serem desenvolvidas com as crianças visando a prevenção de reinfecções das parasitoses. As atividades focaram em aspectos importantes como higienização correta das mãos e alimentos antes da ingestão, orientações sobre o brincar seguro e discussões acerca de como transformar o ambiente local em um lugar livre das parasitoses. Além do trabalho com as crianças desenvolveu-se folders educativos a serem disponibilizados aos pais com as principais informações de prevenção para as parasitoses intestinais. Conclusão: Após as ações, novas coletas de dados foram realizadas com as crianças, observando-se uma redução do índice de sintomas significativa relacionados a parasitoses intestinais, o que mostra a efetividade de ações diretas sobre as crianças como controle dessas doenças. Estas atividades evidenciam a importância da assistência a essas comunidades efetivando de fato o princípio da equidade tão necessário para o estabelecimento de uma sociedade saudável.