Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
Tamanho da fonte: 
Relato da experienciação de uma docente-assistencial em formação e momentos de sua vivência durante a implementação do Instituto Capixaba de Ensino Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi)
Suelen Florindo Gonçalves

Última alteração: 2022-01-20

Resumo


A experiência aqui relatada pretende estimular especialistas a trilharem novos caminhos, rumo à docência-assistencial, a partir de uma perspectiva pessoal, bem como narrar pontos da história de implementação do ICEPi.

Experiência esta iniciada em 2019 quando participei da primeira reunião de institucionalização do ICEPi, durante estágio optativo da residência em Medicina de Família e Comunidade (MFC). Momento este em que os servidores da Secretaria do Estado da Saúde do Espírito Santo (SESA-ES) sofriam com mudanças, propostas pelo Secretário do Estado de Saúde com a criação desta instituição. Foi neste contexto que fala do secretário e dos demais membros da equipe que chegou junto com ele me inspiraram e ao final dos 15 dias de estágio na SESA a certeza de que gostaria de retornar para lá, para aquele ambiente, para junto daquelas pessoas.

Após processo seletivo naquele ano, iniciei minha jornada no ICEPi, feliz e animada para exercer a então facilitação/supervisão de 7 médicos da Atenção Primária a Saúde (APS), em 3 municípios no sul do estado, que se daria por meio de um encontro semanal, individual – ombro-a-ombro –, presencial de 4 horas e um encontro teórico semanal de 4 horas com todos os 7 médicos. A jornada neste modelo descrito foi complexa e repleta de sentimentos antagônicos. Havia uma distância daquela equipe do estágio e uma proximidade com gestores e médicos da APS, distribuídos pela coordenação do ICEPi.

Participar deste projeto é desafiador, seja pelo fato de ser peça estruturante, seja por ser ferramenta para auxílio de sua construção, uma vez que em minha função busco aprimoramentos junto com a coordenação da instituição, para o próprio programa em que atuo. Além disso facilitar/supervisionar é estar embebido nas vivências da instituição ICEPi, da gestão estadual e municipal, dos médicos supervisionados e também dos demais membros das equipes, por isso, a experiência é tão rica em aprendizado.

Por fim, em junho 2021 houve uma reformulação no processo do aperfeiçoamento. Foi quando a denominação de minha função passou a ser docente-assistencial. Fomos submetidos a uma nova capacitação, sendo que o modelo mudou para quase plenamente Ensino à distância (EaD). Houve também, no meu caso, um aumento no nº de locais e profissionais assistidos (7 municípios e 22 médicos). Os encontros passaram a ser síncronos on-line, 8 horas semanais e o presencial compondo 4 horas mensais.

O impacto da docência-assistencial está no desenvolvimento de habilidades, inclusive conceitual, comunicação, amadurecimento pessoal, networking com gestores, médicos e demais profissionais da APS. Além disso, aprimoramento em lidar com tecnologias diversas e metodologias ativas de ensino-aprendizagem, pois o programa vem se aprimorando continuamente.

Escrever este relato me enche de esperança em trazer especialistas para o campo da docência-assistencial, sem medo de estar em formação, pois é um caminho encantador e as dificuldades enfrentadas são experiências promotoras de muito crescimento e amadurecimento profissional e, acima de tudo, pessoal.