Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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AVALIAÇÃO DA ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL NA CAPITAL DO ESTADO DO AMAPÁ SEGUNDO INDICADORES DE QUALIDADE
Matheus Lopes dos Santos, Nely Dayse Santos da Mata, Luzilena de Sousa Prudêncio, Fabricia Luane da Silva Santos, Luiza Soares Pinheiro, Bruno Raphael da Silva Feitosa, Ana Cláudia Paiva Cardoso, Camila Rodrigues Barbosa Nemer

Última alteração: 2022-02-08

Resumo


Apresentação: O Pré-Natal tem como objetivo prestar assistência ao binômio mãe-filho, estimular a promoção da saúde e prevenir riscos durante o período gestacional. Para isso, o Ministério da Saúde recomenda medidas que devem ser realizadas durante o pré-Natal para que esse objetivo seja alcançado, sendo eles: início do pré-natal no primeiro trimestre de gestação; realização de no mínimo seis consultas, uma no primeiro trimestre, duas no segundo e três no terceiro; imunização; bem como solicitação e avaliação de exames. Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo avaliar o acompanhamento da atenção pré-natal através dos indicadores do relatório de Pré-Natal na atenção Básica no município de Macapá, capital do estado do Amapá. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo epidemiológico, quantitativo, descritivo, transversal, a partir de dados do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica, com a análise das variáveis dos indicadores de Pré-Natal, durante o período de janeiro de 2017 a dezembro de 2020 no município de Macapá. Os dados foram coletados em dezembro de 2021 e analisados por meio da estatística descritiva. Resultados e/ou impactos: No período analisado, o registro do número de gestantes com o primeiro atendimento de pré-natal foi de 9.094, sendo que em 2017 houve a notificação de 529 registros e em 2020 de 3.122, representando um acréscimo de 490,17% nesse quantitativo. Em relação ao número de gestantes que iniciaram o pré-natal até a 12ª de gestação foram de 2.507, simbolizando que somente 27,5% das mulheres grávidas iniciaram o pré-natal no primeiro trimestre. No que se refere ao número de consultas durante a gestação, houve o predomínio de gestantes que tiveram de 1 a 3 consultas durante todo o pré-natal, sendo um total de 8.217 (90,3%) registros nessa situação, já nas gestações onde houve 6 ou mais consultas o número foi de apenas 324 (3,56%). Quanto ao número de gestantes que tiveram os exames avaliados até a 20ª semana de gestação foi de 598 (6,57%). Considerações finais: As orientações do Ministério da Saúde para a qualidade da assistência ao pré-natal são essenciais para oferta deste serviço às gestantes. Sendo assim, evidencia-se a incipiência na qualidade da assistência ao pré-natal na capital do estado do Amapá, os indicadores de qualidade demonstraram que as gestantes estão iniciando o pré-natal de forma tardia e o número de consultas realizadas durante a gestação está abaixo do preconizado pelo Ministério da Saúde. Além disso, a qualidade do conteúdo dessas consultas também pode ser considerada inadequada, tendo em vista que um dos momentos principais da consulta é a avaliação dos exames, a qual orienta a conduta do profissional da saúde, e foi registrado sua avaliação em menos de 7% das gestantes. Denota-se a necessidade da capacitação dos profissionais de saúde e revisão das ações exercidas na assistência ao pré-natal, bem como estratégias que possam favorecer a adesão das gestantes ao pré-natal.