Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
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AVALIAÇÃO DA ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL NA CAPITAL DO ESTADO DO AMAPÁ SEGUNDO INDICADORES DE QUALIDADE
Última alteração: 2022-02-08
Resumo
Apresentação: O Pré-Natal tem como objetivo prestar assistência ao binômio mãe-filho, estimular a promoção da saúde e prevenir riscos durante o período gestacional. Para isso, o Ministério da Saúde recomenda medidas que devem ser realizadas durante o pré-Natal para que esse objetivo seja alcançado, sendo eles: início do pré-natal no primeiro trimestre de gestação; realização de no mínimo seis consultas, uma no primeiro trimestre, duas no segundo e três no terceiro; imunização; bem como solicitação e avaliação de exames. Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo avaliar o acompanhamento da atenção pré-natal através dos indicadores do relatório de Pré-Natal na atenção Básica no município de Macapá, capital do estado do Amapá. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo epidemiológico, quantitativo, descritivo, transversal, a partir de dados do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica, com a análise das variáveis dos indicadores de Pré-Natal, durante o período de janeiro de 2017 a dezembro de 2020 no município de Macapá. Os dados foram coletados em dezembro de 2021 e analisados por meio da estatística descritiva. Resultados e/ou impactos: No período analisado, o registro do número de gestantes com o primeiro atendimento de pré-natal foi de 9.094, sendo que em 2017 houve a notificação de 529 registros e em 2020 de 3.122, representando um acréscimo de 490,17% nesse quantitativo. Em relação ao número de gestantes que iniciaram o pré-natal até a 12ª de gestação foram de 2.507, simbolizando que somente 27,5% das mulheres grávidas iniciaram o pré-natal no primeiro trimestre. No que se refere ao número de consultas durante a gestação, houve o predomínio de gestantes que tiveram de 1 a 3 consultas durante todo o pré-natal, sendo um total de 8.217 (90,3%) registros nessa situação, já nas gestações onde houve 6 ou mais consultas o número foi de apenas 324 (3,56%). Quanto ao número de gestantes que tiveram os exames avaliados até a 20ª semana de gestação foi de 598 (6,57%). Considerações finais: As orientações do Ministério da Saúde para a qualidade da assistência ao pré-natal são essenciais para oferta deste serviço às gestantes. Sendo assim, evidencia-se a incipiência na qualidade da assistência ao pré-natal na capital do estado do Amapá, os indicadores de qualidade demonstraram que as gestantes estão iniciando o pré-natal de forma tardia e o número de consultas realizadas durante a gestação está abaixo do preconizado pelo Ministério da Saúde. Além disso, a qualidade do conteúdo dessas consultas também pode ser considerada inadequada, tendo em vista que um dos momentos principais da consulta é a avaliação dos exames, a qual orienta a conduta do profissional da saúde, e foi registrado sua avaliação em menos de 7% das gestantes. Denota-se a necessidade da capacitação dos profissionais de saúde e revisão das ações exercidas na assistência ao pré-natal, bem como estratégias que possam favorecer a adesão das gestantes ao pré-natal.