Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Última alteração: 2022-01-24
Resumo
APRESENTAÇÃO: A Estratégia de Saúde da Família (ESF) surge como uma possibilidade de reorganizar o modelo de atenção à saúde por meio da oferta de serviço dispensados às comunidades, voltados à promoção da saúde e prevenção de doenças. Com a implantação da ESF em Araçatiba - município de Viana, muitas ações foram desenvolvidas pela equipe, em especial na área da saúde da mulher, com o intuito de envolver os usuários no cuidado à saúde. No que se refere a saúde da mulher a equipe identificou uma grande fragilidade, que foi percebida pela baixa adesão das mulheres em ações de prevenção e promoção, dentre as quais a participação em atividades educativas, coleta de colpocitológico, retorno oportuno para aquisição de receitas de anticoncepcionais. Após análise da situação a equipe identificou como possibilidade de ocorrência do evento a falta de um instrumento que possibilitasse o acompanhamento, por essas mulheres, das ações e cuidados dispensados a ela. A fim de minimizar o problema a alternativa encontrada pela equipe, foi a implantação, no território, do “Cartão da Mulher”, material já disponível no município, porém não utilizado pela equipe. OBJETIVO: O presente trabalho tem como objetivo relatar a experiência vivida por uma equipe de saúde da família (ESF) na comunidade de Araçatiba em Viana, relacionado a implantação do Cartão da Mulher. DESENVOLVIMENTO: O processo de implantação do “Cartão da Mulher” foi realizado em (2021) na Unidade de saúde Saúde da Família de Araçatiba, no município de Viana, composta por um médico, um enfermeiro e quatro agentes comunitários de saúde (ACS). Antes da implantação do Cartão da Mulher foi feita uma capacitação com os ACS e os funcionários da Unidade de Saúde para preenchimento adequado do cartão e orientação quanto a importância do mesmo. A implantação aconteceu de forma simultânea nas quatro microáreas, sendo disponibilizado aos ACS o Cartão da Mulher, para que fosse preenchido e entregue às mulheres, durante a visita domiciliar. Também foi disponibilizado o material para a recepção da unidade, a fim de que fosse preenchido para mulher que ainda não tivesse. Por meio do cartão da mulher foi garantido o agendamento de coleta de colpocitológico direto na recepção da unidade de saúde ou pelo ACS; foi garantido a liberação de anticoncepcional, na unidade de saúde, por um ano apenas com a apresentação da primeira receita, sem necessidade de ter receita mensal. RESULTADO: Com a implantação do Cartão da Mulher, percebeu-se um maior interesse das mulheres do território, em cuidar da sua saúde. A equipe observou que algumas mulheres que não acessam o serviço, estavam mais presentes, a procurar por coleta de preventivo estava ocorrendo com mais frequência e a dispensação de medicação contraceptiva estava ocorrendo em tempo oportuno e sem atrasos. CONSIDERAÇÃO FINAL: A implantação do cartão da mulher na unidade de saúde facilitou o acesso das mulheres ao método contraceptivo, coleta de colpocitológico, participação em atividade educativa e de forma geral o cuidado a sua saúde.