Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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A PREVENÇÃO DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS POR JOVENS UNIVERSITÁRIAS - ESTUDO DE REPRESENTAÇÕES SOCIAIS.
Catarina Motta, Thelma Spindola, Noemia Amorim, Bárbara Soares, Paula Moraes

Última alteração: 2022-02-23

Resumo


Apresentação: Estudo que teve objetivo de caracterizar e analisar as práticas de prevenção de infecções sexualmente transmissíveis adotadas por estudantes universitárias. Método: Pesquisa descritiva, qualitativa, com suporte teórico da Teoria das Representações Sociais. Foi realizada em uma universidade pública, no município do Rio de Janeiro, com 80 estudantes do gênero feminino que responderam a um questionário para caracterização de dados sociais, práticas sexuais e de prevenção de IST. No grupo 15 participaram, também, de uma entrevista semiestruturada. As informações do questionário foram analisadas com o emprego da estatística descritiva e as entrevistas tratadas com a técnica de análise de conteúdo. Todos os procedimentos éticos foram respeitados. Resultados: As estudantes têm idades entre 18-20 anos (53,75%), não têm namorado ou companheiro fixo (48,75%), se autodeclaram brancas (55%), heterossexuais (61,25%), tiveram sua primeira relação sexual com idades entre 12 e 17 anos (68,75%) e informam sempre usar preservativo em suas relações (51,25%), contudo apenas 26,25% usa preservativo nas relações com parceiros fixos. A análise dos dados discursivos evidenciou que o uso de preservativo está associado ao tipo de parceria sexual (fixo ou eventual) e ao sentimento de confiança (ou não) no parceiro. Revelaram que sentem ausência de prazer com o uso de preservativos, que costumam usar o método para prevenção da gravidez e que o desuso é decorrente do emprego da pílula anticoncepcional ou pela realização de exames de rotina. As universitárias, embora reconheçam a importância das práticas de prevenção das IST para o cuidado com a saúde sexual, assumem um comportamento sexual de risco. Conclusão: A representação das universitárias acerca das IST está ancorada em ideias pré-concebidas e tabus que dificultam a adoção dos métodos preventivos em seus relacionamentos afetivos.  Ações de educação em saúde, realizadas por enfermeiros, são essenciais para o esclarecimento das estudantes sobre a prevenção das IST, a adoção de práticas sexuais seguras e estímulo ao empoderamento e conscientização do grupo.