Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Última alteração: 2022-02-01
Resumo
INTRODUÇÃO
O projeto de extensão “Avaliação antropométrica de escolares e pré-escolares no Programa Saúde na Escola” é vinculado à Universidade do Estado do Amazonas” com fins de avaliação nutricional e promoção da saúde. O projeto pauta a avaliação das condições de saúde, prevenção de doenças e agravos, promoção da saúde. Tem como público alvo escolares e pré-escolares de duas escolas, situadas no munícipio de Tefé, Amazonas. O processo de construção de hábitos alimentares saudáveis se dá na infância, logo a escola apresenta- se como um meio ao fomento à introdução de práticas pautando conhecimentos associados à saúde e alimentação, garantindo segurança alimentar e nutricional (SCHMITZ et al., 2008).
OBJETIVO
O projeto objetivou caracterizar o perfil antropométrico de pré-escolares e escolares de duas escolas durante a ação do Programa Saúde na Escola de uma Unidade Básica de Saúde do município de Tefé.
METODOLOGIA
O método aplicado é um estudo observacional do tipo transversal. No que tange o local do estudo, foi realizado em duas escolas, do município de Tefé. A população da investigação foi composta por crianças e adolescentes de 2 a 5 anos da Escola Municipal de Educação Infantil Prof. Calisto Pereira Cavalcante (349 alunos) e de 6 a 15 anos da Escola Estadual Madre Maria das Mercês (397 alunos), totalizando 746 alunos. Os dados antropométricos (peso, altura, índice de massa corporal) foram obtidos através da avaliação individual das crianças e adolescentes. Os dados foram tabulados e analisados pelo Microsoft Office Excel versão: 16.0.6741.2021 for Windows e software SPSS 16.0 for Windows, por meio da frequência absoluta e relativa das variáveis. Para o diagnóstico do estado nutricional foi calculado o índice de massa corporal, a classificação do mesmo, para idade e sexo utilizou-se as curvas de crescimento da Organização Mundial de Saúde e efetuando a classificação de acordo com os percentis.
RESULTADOS
De acordo com a classificação utilizada, a prevalência geral de alteração antropométrica foi de 4,2% (n=30). A classificação geral foi de 95,9% (n=716) eutróficos, 0,6% (n=5) com magreza leve, 2,9% (n=22) com sobrepeso e 0,4% com obesidade grau I (n=3).
A relação entre a classificação antropométrica e sexo, mostrou que, no geral, não há diferença entre sexo para o padrão eutrófico. Com relação a magreza leve e obesidade grau I, também há semelhanças na distribuição por sexo, tanto em pré-escolares e escolares. Já o sobrepeso é mais frequente para o sexo feminino. Quanto ao nível de escolaridade, obesidade e sobrepeso é mais frequente em pré-escolares.
Dos 746 avaliados 30 (4,1%) possuem algum diagnóstico nutricional, desses, podemos observar que dos 5 que possuem o diagnóstico de magreza leve 100% estão entre 5 a 10 anos de idade, dos 3 que possuem diagnóstico de obesidade grau I 100% tem 5 a 9 anos, e dos 22 com o diagnóstico de sobrepeso 73% estão entre 2 a 5 anos de idade.
CONCLUSÃO
Os resultados evidenciaram o baixo número de indivíduos com sobrepeso e obesidade, além disso, verifica- se entre os discentes que possuem algum diagnóstico nutricional, o sobrepeso possui o número mais expressivo, sendo assim, é primordial uma caracterização do perfil antropométrico das crianças e adolescentes , que proporciona um maior conhecimento dessas características e pode ser utilizado como subsídio, para o monitoramento de tendências de alterações e partir disso, a tomada de intervenções pautadas alimentação saudável.